Cuiabá, 06 de Maio de 2024

CIDADES Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2024, 18:53 - A | A

16 de Fevereiro de 2024, 18h:53 - A | A

CIDADES / FARDA MANCHADA

Ex-diretor da PCE é exonerado do cargo por “venda de fugas” para faccionados

Informação foi divulgada em comunicado interno na unidade prisional, porém ainda não foi oficializado no Diário Oficial de MT.

Ari Miranda
Única News



Através de um comunicado interno, divulgado na Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso (PCE-MT), em Cuiabá, o ex-diretor da unidade prisional, Arnold de Souza Pacheco, teve sua exoneração anunciada na última quarta-feira (14). O policial penal está afastado do cargo desde novembro de 2023, devido a um suposto envolvimento com negociações de fugas de presos da PCE.

Todavia, nenhum ato confirmando a exoneração do diretor foi publicado no Diário Oficial do Estado (Iomat) até o momento. A tendência é que o servidor ainda responda um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que pode resultar em sua demissão do cargo, uma vez que ele é policial penal concursado.

"A deliberação pela exoneração do Sr. Pacheco baseia-se numa avaliação detalhada e criteriosa de sua atuação enquanto gestor da Penitenciária Central do Estado. Durante este processo, identificaram-se desafios administrativos e operacionais que impactaram de forma negativa a condução das atividades essenciais a instituição", diz trecho do comunicado interno, no âmbito da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT).

Em setembro do ano passado, Arnold foi denunciado à Polícia Civil por um suposto crime de tortura, cometido contra o presidiário Edgar Ricardo de Oliveira (31). O criminoso ficou conhecido nacionalmente, após matar sete pessoas em um bar, na cidade de Sinop (500 Km de Cuiabá) em 21 de fevereiro do ano passado, no crime que ficou conhecido como a “Chacina da Sinuca”.

Após a denúncia de tortura, Arnold entrou em licença-prêmio, que se encerra no dia 21 deste mês.

"A despeito das oportunidades de realinhamento e capacitação oferecidas, as questões identificadas persistiram, culminando em uma decisão que visa resguardar o interesse público e a integridade da gestão penitenciária", esclarece a nota.

Ainda conforme o documento encaminhado pela Sesp, a nomeação e a exoneração de servidores em cargos comissionados são atos discricionários da administração, os quais devem ser pautados pelo interesse público e que a exoneração do diretor da PCE reflete uma decisão alinhada a estes princípios, orientada pela necessidade de promover ajustes que fortaleçam a segurança e a administração da unidade.

"Expressamos nossa gratidão pelos serviços prestados pelo Sr. Pacheco durante o período em que liderou a Penitenciária Central do Estado, reconhecendo seu compromisso e dedicação. No entanto, diante das necessidades atuais e futuras, faz-se necessário proceder com sua exoneração, visando a implementação de estratégias renovadas que contribuam para o desenvolvimento e a eficácia institucional", concluiu.

FUGAS DA PCE

Cinco detentos fugiram da Penitenciária entre os dias 11 e 17 de novembro do ano passado. Os presos, com idades entre 25 e 39 anos acabaram escapando enquanto realizavam trabalhados extramuros, com conhecimento da Vara de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Antes disso, em outubro, outros cinco detentos também conseguiram fugir, enquanto trabalhavam no galpão de uma fábrica, anexo à unidade.

Todas as fugas foram informadas ao juiz de Execuções Penais, de acordo com a Sesp-MT, ocasião em que Arnold foi então afastado de suas funções na unidade.

 

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