Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2022, 08:55 - A | A

22 de Fevereiro de 2022, 08h:55 - A | A

JUDICIÁRIO / JULGAMENTO DO CASO

Ana Cláudia e Toni Flor tinham suposto "pacto de morte" em caso de traição, relata amiga

Thays Amorim
Única News



Aldina Marcia Alez Herter, amiga de Ana Cláudia Flor e Toni Flor, assassinado a tiros em agosto de 2020, afirmou que o casal tinha um suposto “pacto de morte” em caso de traição de uma das partes. O relato foi realizado durante a instrução e julgamento de Ana Cláudia, acusada de ser a mandante do crime, na última segunda-feira (21).

“A Ana falou que se ele a traísse, ela poderia matá-lo. E, se ela traísse, ele também poderia matá-la. Ela me falou isso antes do ocorrido e depois também. Mas eu não sei se acredito muito nisso, não”, afirmou.

A testemunha afirmou que era muito amiga do casal, e que o relacionamento entre ambos durou aproximadamente um ano e meio. Aldina trabalhava em uma empresa de limpeza terceirizada junto com Fabricia Pereira de Oliveira, que também testemunhou no processo.

A então amiga do casal relatou ao juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá que Toni e Ana Cláudia tinham “brigas de casal”, mas que não soube sobre nenhuma agressão.

“Ela era muito amorosa com ele, ele também com ela. Discutiam, brigavam como casal [...], mas nada de agressão nesse um ano e meio. Ela já saiu de casa, ele também. Já chegaram, a separar umas três vezes durante esse período”, destacou.

Aldina foi intimada para depor porque teria ouvido de Fabrícia, uma das suas subordinadas em uma empresa terceirizada de limpeza, que Ana Cláudia seria a mandante do crime. A versão relatada foi contada à Fabrícia por Cristiane, que estivera em uma festa com Igor Espinosa, autor dos disparos.

“A Cristiane estava junto nessa roda, ela ouviu a história e mostrou a foto do status, aí a história batia. Ela ouviu lá na festa, tudo deles [dos envolvidos no crime]”.

Durante o seu depoimento, Fabrícia confirmou a história repassada à Aldina. Contudo, Cristiane negou a versão inicial contada à Polícia Civil e disse que teve um relacionamento com Igor, mas que não ouviu nenhuma história sobre o assassinato de Toni Flor. O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a abertura de um inquérito por falso testemunho.

LEIA MAIS: MPE pede inquérito contra testemunha que mudou depoimento sobre morte de Toni Flor

O caso

Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPMT) que no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h, em frente a uma academia, Toni Flor foi morto por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor. Para a concretização do crime, a esposa teria sido auxiliada por Wellington Honório Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.

Os outros acusados, com exceção de Ediane, também estão presos preventivamente. Em depoimento à PJC, Igor confessou o crime e revelou o envolvimento da ex-esposa do empresário.

Inicialmente, a recompensa pelo crime tinha sido de R$ 60 mil reais. Entretanto, Ana Claudia cumpriu parte do acordo e pagou R$ 20 mil a Igor, que teria gasto o dinheiro em festas no Rio de Janeiro.

A ex-esposa de Toni Flor incumbiu a Wellington e Maque a logística necessária para a execução do empresário.

O motivo do crime seria uma iminente separação, com objetivo de apropriação dos bens do casal, segundo o MP.

“Ana Claudia começou a engendrar um plano para extinguir a vida de Toni e, para tanto, pediu auxílio à sua manicure e amiga Ediane Aparecida da Cruz Silva na procura por um “matador”, oportunidade em que esta acedeu à macabra solicitação e contactou Wellington Honório Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota da Silva, “terceirizou” o serviço homicida, propondo que a execução do crime fosse perpetrada por Igor Espinosa, que aceitou a tarefa”, diz trecho da denúncia.

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