Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Segunda-feira, 22 de Abril de 2024, 16:32 - A | A

22 de Abril de 2024, 16h:32 - A | A

JUDICIÁRIO / SEGURANÇA MÁXIMA

Após 13 meses isolado, Justiça revoga decisão que mantinha “Sandro Louco” no Raio 8 da PCE

Com revogação da prisão na ala de segurança máxima, chefe da facção Comando Vermelho em MT poderá retornar a cela comum da unidade

Da Redação
Única News



O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a determinação judicial que incluía o criminoso Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, no Raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE), que funciona como uma espécie de “solitária” na unidade prisional, situada na região sul da capital.

Com a decisão, Sandro Louco, que é um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso, poderá continuar a cumprir sua pena em uma cela comum da PCE, após 13 meses no Raio 8.

Mesmo dentro da prisão, em março do ano passado, Sandro foi alvo da primeira fase da Operação “Ativo Oculto”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), motivo pelo qual a Justiça decidiu por sua ida para o isolamento. A ação desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente da atividade criminosa do CV no Estado, que teria beneficiado familiares de Sandro Louco e de outros líderes da facção.

Na decisão, o juiz citou que inclusão do preso no raio 8 já dura mais de um ano e, desde então, não há notícias de que ele tenha voltado a cometer crimes de organização criminosa ou outros crime violentos.

“Salvo o histórico criminal do acusado e indícios de integração à organização criminosa, não aportou nestes autos, encerrada a fase probatória, elementos informativos dando conta de liderança negativa, violenta ou de extorsão, tampouco de organização de outros crimes violentos, seja dentro ou fora do ergástulo público, razão pela reputo razoável e adequado ao caso a retirada do preso do Raio 08 da PCE, a fim de que cumpra a prisão provisória em uma das celas comuns da unidade prisional, de acordo com as suas normas”, escreveu o juiz.

“Feitas essas considerações, levando-se em consideração que a transferência para a cela mais rigorosa ultrapassa 01 (um) ano e não se tem notícias de incidentes ou atuação temerária dentro do ergástulo público, revogo a inclusão do acusado Sandro Silva Rabelo no “Raio 08” da Penitenciária Central do Estado, salvo se existirem decisões de outros juízos em sentido contrário”, determinou.

HISTÓRICO DE FUGAS E TRANSFERÊNCIAS

As condenações de "Sandro Louco" ultrapassam os 200 anos, pelos crimes de falsificação, roubo, homicídio, latrocínio, sequestro, cárcere privado e posse ou porte ilegal de arma de fogo. O detento foi capturado pela primeira vez em 2000, após assalto a uma agência bancária em Várzea Grande, porém conseguiu fugir no mesmo ano.

Posteriormente, roi recapturado, mas fugiu de novo – desta vez, saindo pela porta da frente da prisão, levando com ele as armas dos policiais que faziam a guarda.

Ao ser recapturado e encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo “Presídio do Carumbé”, escapou novamente.

A nova prisão aconteceu apenas em fevereiro de 2002, quando o detento foi levado para a PCE. Porém, em 2003, Sandro foi transferido para o Presídio Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande), em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá), e lá novamente conseguiu fugir.

A última prisão ocorreu no ano de 2005, no Estado de São Paulo, onde Sandro Louco chegou a ficar preso cerca de 6 meses, em uma unidade prisional.

Assim que voltou para Mato Grosso, ele foi levado para Água Boa (a 730 km ao leste da Capital), onde liderou a rebelião em que cometeu um assassinato.

Ele foi transferido para a unidade de segurança máxima em Catanduvas (PR) no início do ano de 2007 e depois para presídio federal de Mossoró (RN).

Em 2012, retornou a PCE e, em 2016, foi enviado novamente para Catanduvas. Em 2019, retornou de novo para a PCE.

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