Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 08 de Março de 2024, 18:31 - A | A

08 de Março de 2024, 18h:31 - A | A

JUDICIÁRIO / VENDA ILEGAL DE MERCÚRIO

Juíza desbloqueia R$ 408 milhões de ex-vereador de Cuiabá preso em operação

Dodô Veggi é acusado de liderar um esquema milionário de venda de mercúrio para garimpos e é apontado como maior contrabandista do país.

Ari Miranda
Única News



A 1ª Vara Federa Criminal de Campinas, no interior paulista, determinou o desbloqueio de R$ 408 milhões do empresário e ex-vereador de Cuiabá, Arnoldo Veggi, o “Dodô Veggi”, que chegou a ser preso uma ação penal por venda de mercúrio ilegal, investigada na Operação Hermes, da Polícia Federal.

A decisão foi assinada pela juíza federal Raquel Coelho Dal Rio Silveira e publicada nesta sexta-feira (8). A indisponibilidade havia sido decretada à pedido da Polícia Federal de Campinas, no final de 2022.

Dodô é acusado de ser o líder de um esquema de venda ilegal de mercúrio, sendo apontado como o maior contrabandista de mercúrio do Brasil. Familiares dele também respondem a ação.

No entanto, a defesa do ex-vereador, patrocinada pelos advogados Valber Melo e Fernando Faria, requereu o fim da indisponibilidade, com base em outras decisões do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que liberou os bens de outros investigados da operação.

“Não havendo oposição ao pedido pelo órgão ministerial, defiro a extensão da decisão proferida nos autos nº 5000171-25.2024.4.03.6105 - ID 313712794, para determinar o levantamento da indisponibilidade dos bens dos requerentes”, diz trecho da sentença.

POSTO EM LIBERDADE

No Dia 27 de fevereiro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), determinou a soltura de Dodô Veggi, preso em dezembro de 2022 suspeito de mentoriar um esquema de contrabando de mercúrio em Mato Grosso. Decisão foi proferida pela Quinta Turma da Corte, em São Paulo.

A determinação judicial alcançou também os demais alvos de mandados de prisão no âmbito da Operação Hermes, deflagrada em 1º de dezembro de 2022 pela Polícia Federal.

No pedido de habeas corpus, os advogados de Dodô alegaram que as prisões ocorreram de forma ilegal, sendo necessárias apenas medidas cautelares diversas.

Já os juízes, por sua vez, determinaram uma série de medidas cautelares. Dentre elas, a obrigação de comparecimento a todos os atos do processo, proibição de mudança de endereço sem prévio aviso à Justiça Federal, recolhimento domiciliar noturno e proibição de sair do país.

A OPERAÇÃO

Além de Dodô Veggi, foram beneficiados pela decisão do TRF-3 o pai dele, Ali Veggi Atala, químico, ex-presidente do Conselho Regional de Química da XVI Região (CRQ XVI) que estava foragido; o irmão de Dodô, Alberto Veggi; o primo dele, Edgar Veggi; o DJ Patrike Noro de Castro e Edilson Rodrigues de Campos. Ambos tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça.

O objetivo da operação foi reprimir crimes contra o meio ambiente, comércio ilegal de mercúrio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A decisão judicial que autorizou a Operação Hermes apontou que a ação visava a desarticulação de quatro grandes grupos, suspeitos de envolvimento nos esquemas ilegais.

Segundo as investigações, o esquema movimentou milhões de reais entre os anos de 2015 e 2020, o que rendeu o bloqueio das contas bancárias dos alvos da operação.

A ação da PF desarticulou grupos criminosos que atuavam na venda ilegal de mercúrio, metal utilizado em garimpos ilegais para separar o ouro de rochas e areia. Por ser usado de forma indiscriminada, é considerado o metal de maior potencial tóxico e nocivo ao meio ambiente e aos seres humanos.

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