Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 22 de Março de 2018, 11:23 - A | A

22 de Março de 2018, 11h:23 - A | A

POLÍCIA / APÓS MORTE DE PRESO

Facções se unem contra direção e deflagram greve na PCE

Daffiny Delgado



Foto: Reprodução

pce

 

Após o assassinato do detendo Jesuíno Cândido da Cruz Júnior, 28 anos, durante um motim dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), com um tiro na cabeça feito por um agente penitenciário. As facções do Comando Vermelho (CV-MT) e Primeiro Comando da Capital (PCC), iniciaram a Greve de Liberdade na manhã desta quinta-feira (22), dentro do presídio.

 

A revolta dos presos se deu após a nomeação da atual direção da unidade, que segundo os presos, vem tornando a vida ali dentro difícil. Ainda essa semana, foi divulgada uma carta onde os detentos declaram estarem sendo vítimas de torturas e ameaças de morte.

 

Com a greve, todos os detentos da unidade estão proibidos de receber visitas de advogados e atendimento médico.

 

A confirmação do ato dos presos foi confirmada por uma fonte do site Única News dentro do presídio. Ao que parece, a ordem é que ninguém entra e ninguém sai da unidade. A greve não tem data para termino.

 

A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT), que disse não ter informações sobre o ato dos presos.

 

Integra da nota:

A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) confirma a mobilização pacífica dos recuperandos da Penitenciária Central do Estado (PCE) desde o início da manhã desta quinta-feira (23.03). Mas eles vêm recebendo alimentação normalmente.

 

 

A segurança da unidade foi reforçada e está pronta para repelir qualquer eventualidade. A única reivindicação é a exoneração do atual diretor, Revetrio Revetrio Francisco da Costa, que não será atendida, já que o diretor tem em seu currículo um bom trabalho realizado em outras unidades, em Cáceres e Tangará da Serra, de ressocialização baseada em disciplina.

 

Preso morto

 

Jesuíno que era conhecido como Juninho, estava preso na PCE há pouco mais de quatro meses. Ele cumpria pena por tráfico de drogas e roubo. Conforme relatos de familiares, em dezembro do ano passado ele chegou a pedir solicitar sua transferência da unidade.

 

No pedido encaminhado ao Poder Judiciário ele, relata que temia por sua integridade física dentro da Penitenciária Central. Ainda conforme parentes, Juninho era constantemente ameaçado dentro da unidade por parte dos agentes prisionais.

 

A família acredita que Jesuíno tenha sido morto propositalmente, dentro da unidade. “Nós não acreditamos que ele tenha morrido por acaso”, disse familiar que preferiu não se identificar.

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