Claryssa Amorim
Única News
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concedeu, na tarde desta quarta-feira (07), habeas corpus aos três policiais militares acusados de matar o tenente Carlos Henrique Scheifer, em maio de 2017, no distrito de União do Norte (a 700 km de Cuiabá).
Joailton Lopes de Amorim, Werney Cavalcante e Lucélio Gomes Jacinto, estavam presos desde o dia 16 de março e, após votação do desembargador Orlando Perri e do juiz Francisco Alezandre Ferreira, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, para converter a prisão preventiva, foram liberados com medidas cautelares.
Scheifer morreu durante um confronto, enquanto perseguia, em uma viatura com os três policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), sob o seu comando, duas caminhonetes em que estavam os suspeitos de um roubo. Durante a perseguição, uma das caminhonetes sumiu e a outra perdeu o controle. Em seguida, os bandidos desceram do veículo atirando contra os policiais na viatura.
À Polícia Civil, os militares informaram que Scheifer morreu após ser baleado pelos bandidos durante o confronto. No entanto, em julho de 2017, um exame de balística apontou que a bala que feriu Scheifer saiu da arma que estava com o cabo Lucélio Jacinto.
Os três respondem por homicídio triplamente qualificado, pois a suspeita é que eles teriam inventado um confronto com ladrões para encobrir a morte de Scheifer.
“Eu analisei as principais peças do Habeas Corpus e confesso que procurei examinar minúcias nos depoimentos, na perícia de reconstrução dos fatos, no relatório da corregedoria da PM e cheguei à conclusão de que, à vista das provas até aqui existentes, que a morte do tenente Scheifer foi um lamentável acidente. Todas as circunstâncias convergem nesse sentido”, explicou Perri, ao conceder o habeas corpus.
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