Cuiabá, 05 de Maio de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 03 de Junho de 2022, 12:25 - A | A

03 de Junho de 2022, 12h:25 - A | A

POLÍTICA / APONTA INCONSTITUCIONALIDADE

Mendes diz que não cabe a Ulysses propor liberação do porte de armas: “vai só gastar energia”

Amanda Caroga
Única News



O governador de Mato Grosso Mauro Mendes (União) criticou nesta quinta-feira (2) a proposta que tramita na Assembleia Legislativa (ALMT), de autoria do deputado estadual Ulysses Moraes (PTB), que permite a liberação do porte de armas para atiradores esportivos.

Segundo o chefe do Executivo, não cabe a Ulysses discutir o armamento da população mato-grossense. Além disso, Mendes enfatizou que essa discussão já circula em âmbito nacional e não cabe ao Estado e municípios “passar por cima”.

“Se eu não posso fazer, eu não faço, já falei isso várias vezes. Temos que respeitar a lei maior desse país, que é a Constituição, e ela diz exatamente o que é de responsabilidade da União e do Congresso Nacional legislar. Se é uma atribuição do Congresso, não cabe ao governador ou a Assembleia fazer uma lei aqui, temos que parar de brincar com coisa séria nesse país”, disse o governador durante a entrega de equipamentos para Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).

Em coletiva, o governador assumiu não ter ciência ou lido sobre o projeto do parlamentar em questão. Contudo, o chefe do Paiaguás fez duras críticas a Ulysses, que estava prometendo o que não pode cumprir só para conseguir votos.

“Vamos ver o que a Procuradoria vai dizer. Temos que parar com isso de criar projeto de lei de última hora só para tentar ganhar um votozinho, isso é muito ruim, a gente precisa ter seriedade na política, fazendo aquilo que produz resultado, não uma lei para a governador vetar e a população se sentir enganada. É uma perda de energia gigante”, explicou.

A proposta chegou a entrar em pauta na última quarta-feira (1º), mas um pedido de vista do deputado Lúdio Cabral (PT) adiou a votação. Segundo Ulysses, “os atletas de tiro esportivo vêm sendo vítimas de insegurança jurídica relativo às armas de fogo no Brasil”. O projeto segue em tramitação na ALMT.

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