Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 27 de Agosto de 2019, 14:28 - A | A

27 de Agosto de 2019, 14h:28 - A | A

POLÍTICA / DE 2% A 5% DAS ÁREAS

Com apoio de Bolsonaro, Mauro defende exploração de terras indígenas em MT

Euziany Teodoro
Única News



O governador Mauro Mendes (DEM), em reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), na manhã desta terça-feira (27), em Brasília, defendeu a exploração de terras indígenas, que passariam a ser usadas para o agronegócio, a exemplo do que a etnia pareci já realiza em Mato Grosso.

Ao falar com o presidente, Mendes defendeu que de 2% a 5% do território indígena seja usado para plantações. “Está na hora de ‘botar o dedo nessa ferida’. Não queremos tirar terra de índio, queremos as riquezas que lá estão, e isso afetaria menos de 5% dos que lá estão, não mais que isso. Ninguém nesse planeta pode dizer que afetar 5% pode influenciar no meio ambiente”, afirmou o governador.

Lidiane Ribeiro/Ibama

Soja em área indígena

 

Segundo ele, já há articulação no Estado para que o agro seja implantado em terras indígenas. “Temos lá uma etnia que plantou 10 mil hectares de soja e estão felizes. A Funai autorizou a plantação e o Ibama foi lá e ‘socou-lhe’ uma multa milionária (R$ 129 milhões). Temos que ter a coragem de debater e reescrever alguns marcos jurídicos nesse país. Temos no estado 43 etnias e já temos 23 etnias interessadas em seguir o mesmo caminho, pois querem ter dignidade por seu trabalho, explorando sua terra.”

Bolsonaro é abertamente a favor da exploração de território indígena e, inclusive, travou a aprovação de novas demarcações de áreas em todo o Brasil, sob o argumento de que a proibição de produzir nessas terras tem a intenção de “inviabilizar o país”.

“Não podemos viver como pobres, vivendo em terra riquíssima. Podemos reverter a situação, levar paz ao campo, progresso aos estados e incluir o índio na nossa sociedade. Grande parte já quer isso aí. Quando falei em legalizar o garimpo em terra indígena, fui massacrado. Se hoje é ilegal, queremos legalizar, ouvindo o Congresso. Pretendemos apresentar em breve essa proposta”, afirmou o presidente.

Mauro Mendes endossa o discurso. “Não podemos ter uma casa que tem um quadro na parede que vale milhões e os filhos passando fome”.

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