Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 15 de Agosto de 2017, 11:49 - A | A

15 de Agosto de 2017, 11h:49 - A | A

POLÍTICA / "QUE BOM MOÇO"

Éder diz que trocou três vezes de secretaria, pois sua honestidade incomodava Silval

Rayane Alves



O ex-secretário da Casa Civil e ex-secretário da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), Éder Moraes, garantiu na manhã desta terça-feira (15), que não vai trabalhar com delação premiada em troca de benefício legal, para colaborar nas investigações criminais em que teve o seu nome citado.
 
 

Olhar Direto

Eder Moraes

 

Durante entrevista à uma rádio na Capital, Éder afirmou que todos os atos dele, enquanto teve cargos nas secretarias do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), estão amparados por pareceres jurídicos, já que foram realizadas diversas auditorias internas e externas.
 
 
“Não são atos unilaterais dos secretários. São ações que foram construídas desde o primeiro departamento até a última folha que o secretário assinou”, disse.
 
 
Na avaliação de Éder, Mato Grosso vive - na atualidade -, algumas tensões políticas causadas por várias situações, dentre elas e uma das mais fortes é o escândalo da rede de escutas ilegais, que causou a prisão do ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, pelo delegado Juliano Silva de Carvalho. 
 
 
A decisão partiu do desembargador Orlando Perri de Almeida, que comanda as investigações no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Mesmo tendo conseguido HC seis dias, em decisão assinada pelo ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Reynaldo Soares da Fonseca, em 10 de agosto.  
 
 
Paulo Taques é acusado de mandar realizar grampos ilegais no Estado, por meio do esquema denominado “barriga de aluguel”. Que teria monitorado desde políticos, desembargadores, até advogados, médicos e jornalista. Supostamente até uma ex-amante, a  publicitária Tatiana Sangalli estaria na lista. 
 
 
“Várias coisas estavam acontecendo ao mesmo tempo. Prisão e soltura de secretário, vinda do presidente Michel Temer (PMDB), acompanhada do ministro Blairo Maggi (PP), visita de governadores e embaixadora dos Emirados Árabes Unidos, Hafsa Abdulla Monhamed durante o Fórum da Amazônia. Então temos que ver o que está por trás disso e o que se quer realmente com isso, para que cada um faça a sua análise". 
 
 
Ao se referir a uma possível 'cortina de fumaça', criada [sabe lá por quem] para confundir. Tanto que, ao final, Moraes lembra que apesar de observar uma série de situações ocorrendo, como forma de confundir ou tirar algumas pessoas do centro das discussões, ele emite um recado de forma subliminar: bom, enquanto tudo acontece, 'o Judiciário, no entanto, continua fazendo sua parte que é investigar'.
 
 
Ainda na entrevista, Éder lembrou que quando foi secretário de Fazenda trabalhou com tanta austeridade que o ex-governador Silval foi em sua sala pedindo para que ele deixasse a secretaria, pois estava arriscado ele não conseguir sua reeleição. Se referindo possivelmente à sua honestidade e o quanto, naquela situação, poderia prejudicar Silval.
 
 
“Batia duro no empresariado. Mas aceitei e fui para a Casa Civil, onde acompanhei o trabalho de todas as secretarias e instalei uma gestão profissionalizante.  Até adoeci, trabalhando”, falou.
 
 
Sobre o andamento das obras do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) e que acabou desencadeando a Operação Descarillho, que investiga crimes de fraude a procedimento licitatório, associação criminosa,  lavagem de dinheiro em tese ocorridos durante a escolha do modal e na execução da obra, Éder garantiu que não está envolvido nas suspeitas levantadas  .
 
 
“Eu não participei da execução das obras. Digo isso sem soberba. Eu sei do que eu estou falando e se estivesse seguido com o planejamento a sociedade estava andando de VLT e todas as obras estariam concluídas. O problema foi no conflito de gestão pelas quais eu não compactuava e culminou na minha saída da Secopa. Tanto que uma vez, o próprio Silval me pediu para dar uma segurada nas obras da Arena porque estavam adiantadas demais e deu no que virou. Meu ritmo de trabalho é outro é de iniciativa privada. É exatamente a frase: se não aguenta cagar não come”, finalizou.   
 

(Com informações da Rádio Capital 101,9 ). 

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