Claryssa Amorim
Única News
O suplente de vereador, Oséas Machado (PSC), não mediu críticas ao vereador Abílio Junior (PSC) e disparou que “ele não tem limites em suas atitudes”, por isso o pedido de cassação contra o parlamentar. Oséas é ex-diretor do Hospital Municipal São Benedito e protocolou o pedido na Câmara de Cuiabá, que agora passa por análise da Comissão de Ética.
Para Oséas, houve quebra de decoro parlamentar por parte de Abílio em diversas situações. No documento, o ex-diretor citou alguns “episódios de constrangimentos”, com ofensas e acusações contra várias pessoas.
“Ele ataca os próprios colegas do plenário durante sessão, filmando, fazendo deboche e piadinhas. Esses dias atrás ele atacou e ofendeu até pessoas que estavam assistindo à sessão. Isso é agressivo, não é comportamento de vereador. Fazer ofensas e acusações contra a população é quebra de decoro”, declarou Oséas, durante entrevista à Rádio Capital FM, nesta sexta-feira (18).
O suplente elencou diversas situações no processo, entre elas está uma situação em que, durante uma fiscalização no Hospital São Benedito, Abílio tirou foto de um funcionário e expôs em sua rede social. Segundo Oséas, o vereador denigriu a imagem do funcionário. “Quem é denigrido assim, não tem como se recuperar disso”.
Durante a entrevista, Machado ainda disse que não tem problema nenhum ele fazer acusações contra as pessoas, desde que tenha provas em mãos. Para ele, é inadmissível o comportamento do vereador.
“Ele mente sobre as acusações. Faz deboche dos colegas, quando não tem a mesma opinião que ele. Isso não é comportamento de vereador, não é papel de alguém que tem um cargo no plenário”, ressaltou.
Ao Única News, Abílio disse que a intenção do suplente é de denegrir sua imagem, além do interesse de assumir a sua vaga. “É uma denúncia infundada com clara intenção política de denegrir minha imagem. Eu estou tranquilo”, declarou o vereador.
Pedido de cassação
O pedido foi lido em sessão na Câmara de Cuiabá da última terça-feira (15). O presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB), encaminhou o requerimento para a Comissão de Ética e à Procuradoria da Câmara para a devida análise.
No documento, o suplente cita que durante a fiscalização houve diversas atitudes “incompatíveis com o decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador”.
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