Euziany Teodoro
Única News
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), afirmou em entrevista ao site Única News que a Casa de Leis já fez tudo o que estava ao alcance para intermediar o fim da greve dos trabalhadores da educação, que já dura mais de 40 dias.
Deflagrada em 27 de maio, a greve dos professores da rede estadual alcança, atualmente, 47% das escolas. Governo e Sindicato estão irredutíveis. Os professores pedem a aplicação da lei da dobra salarial, a 510/2013, além do pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) e outras reivindicações.
Por outro lado, o Estado afirma que não tem dinheiro para qualquer novo reajuste. Também precisa adequar os limites de gastos com pessoal previstos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Do total de 49% da receita a ser usada com pessoal, Mato Grosso gasta hoje 58%.
“O que a Assembleia podia fazer, a Assembleia fez. Participar, tentar um acordo, intermediar, conversar com vários setores, com o governo, com o sindicato. Daí para frente não tem o que mais fazer. A greve é um direito constitucional dos servidores que desejam fazer suas reivindicações”, afirmou Eduardo Botelho.
No entanto, apesar de reconhecer a legitimidade da paralisação, para Botelho, o movimento veio no momento errado. “Eu diria que a greve veio num momento inadequado. Um momento que todo mundo está entendendo, que está tendo uma recuperação (financeira), um momento de arrumar a casa. Então veio no momento errado. Apenas isso”.
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