Fernanda Nazário
Única News
O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) disse, em entrevista à Rádio Vila Real, nesta sexta-feira (02), que nada impede que ele troque de partido para apoiar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), em uma possível candidatura à reeleição. O parlamentar integra a base do gestor municipal na Câmara dos Vereadores.
Ele lembrou que, nas últimas duas eleições, quando Wilson Santos perdeu, em 2016, e Pedro Taques não conseguiu se reeleger a governador, em 2018, o PSDB ficou com dívidas. E isso, segundo o vereador, deixou o partido financeiramente sem condições para concorrer à majoritária em 2020.
“Está impossibilitado até de receber recurso. Temos que arrumar o partido primeiro. Primeiro o administrativo, depois as pessoas. O PSDB tem que se preocupar com isso”, acredita Renivaldo, que destaca que, apesar desta crise, a sigla tem ele e os vereadores Ricardo Saad e Adevair Cabral apoiando a atual administração municipal.
Devido ao desgaste da sigla com o prefeito, Nascimento levantou a hipótese de trocar de partido em apoio a Pinheiro na disputa pela reeleição em 2020. “Nesse momento, os três vereadores do PSDB estão apoiando a administração municipal: Renivaldo, Adevair e Saad. Qual o problema de qualquer um desses apoiar o prefeito? Vai abrir a janela nacional em março e há possibilidade [de mudar de partido]”.
Renivaldo informou que já até recebeu convite de outros partidos. “Carlos Bezerra, Janaína Riva e até do Emanuel Pinheiro [ambos do MDB]”.
O vereador disse também que, em 2020, ele vai tentar seu último mandado como vereador, caso vença. “Não quero fazer carreira na política. Penso ainda em mais um [mandato] no máximo. Não estou aqui para ser político de carreira”, disse Nascimento, que afirma que “neste momento da vida, só pensa em viajar”.
Copa do Mundo
O vereador ganhou destaque na imprensa cuiabana em junho de 2018, quando foi assistir aos jogos do Brasil na Copa do Mundo, na Rússia. A polêmica em torno da viagem ocorreu porque a chefe de gabinete do parlamentar protocolou um documento na Câmara em que justificava a ausência dele nas sessões plenárias por “agenda fora do Estado, a serviço do mandato”. Com isso, não seria descontado 1/8 de seu salário, ou seja, quase R$ 1, 9 mil.
O tucano disse à época dos fatos que a justificativa da viagem foi um erro da assessoria. Ele devolveu R$ 2.364 ao Poder Legislativo como forma de desconto das sessões plenárias que faltou.
Na entrevista à rádio, o vereador disse que superou este episódio e deve assistir a um jogo do Brasil na próxima Copa, que ocorre no Catar, em 2022. “Estou até antecipando, eu vou para o Catar. Agora eu vou com minhas economias, não é com dinheiro público não”, informou.
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