Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Domingo, 16 de Dezembro de 2018, 09:50 - A | A

16 de Dezembro de 2018, 09h:50 - A | A

POLÍTICA / NOVA DIRETORIA

TJ não aceita redução do duodécimo e quer fim à imagem de "intocáveis"

Marisa Batalha



(Foto: TJ-MT)

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Mesmo com a solenidade de posse marcada para a próxima quarta-feira (19), a nova  diretoria do Poder Judiciário de Mato Grosso - que comanda o Tribunal de Justiça no biênio 2019/2020 -, adiantou que será uma ponte firme e robusta com a sociedade e com a imprensa. 

 

Em conversa com jornalistas, o novo presidente do TJ-MT, o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, assegurou que a sua gestão será pautada pela transparência. E que não haverá tema tabu e o que tiver que ser falado, será. 'Nós vamos mostrar que não há caixa-preta no Judiciário”'.

 

Ainda garantiu que não aceitará a redução do duodécimo do Poder, pelo novo governador eleito, Mauro Mendes (DEM), ao lembrar que o Judiciário recebe em torno de R$ 1,16 bilhão e que já estaria conversando com o gestor estadual democrata, para que o valor não seja reduzido. 

 

Pontuando que atualmente Mato Grosso tem 30 vagas para juízes e que o poder precisa do duodécimo para pagar salários. “Temos verbas para fazer obras e reformas através do Funajuris, mas precisamos do duodécimo para pagar salários e contratar novos servidores. Sem falar que temos pelo menos 17 comarcas no Estado que estão sem juízes. E há uma necessidade urgente, inclusive, de melhorar a infraestrutura delas".

 

(Foto: TJ-MT)

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Igualmente contundente, a desembargadora Maria Helena Póvoas, vice- presidente eleita do TJMT, assinalou que a proposta da nova diretoria é se aproximar ainda mais das pessoas, pois o Judiciário não podeser um poder distante ou recluso. Ao contrário, precisa dialogar com a população. 

 

Uma oportunidade grandiosa, apontou a desembargadora, ao afirmar que o novo presidente é um magistrado aberto a novas ideias, com longa experiência na magistratura. 'Ele traz uma bagagem sensacional para que essa gestão seja robusta'.

 

Conforme a desembargadora, a nova diretoria quer, sobretudo, descontruir a imagem de “semideuses” e “marajás” atribuídas aos magistrados. Apontando as críticas ácidas que os magistrados vêm recebendo por conta das repercussões dadas aos salários e verbas considerados, muitas vezes, como vultuosos.

 

'Tem gente que tem a falsa noção de que dentro do Judiciário estão encastelados semideuses e que só existem marajás, queremos desconstituir essa imagem, mostrar que existem que pessoas que trabalham, inclusive estamos perdendo muita gente por conta do salário, onde está o erro, nós temos um órgão sensor. Assim, a ideia é passar a limpo informações deturpadas, pois é inadmissível uma pessoa lúcida quando vê uma notícia de R$ 100 mil imaginar que isso seja um salário, alguma coisa aconteceu, ou recebeu férias não gozadas, transferências de comarcas, URV. Assim, se houver alguma errada temos um órgão sensor e não somos loucos',completou.

 

Equipe

 

A nova diretoria ficará sob o comando dos desembargadores Carlos Alberto Alves da Rocha (presidente eleito), Maria Helena Gargaglione Póvoas (vice-presidente eleita) e Luiz Ferreira da Silva (corregedor-geral da Justiça eleito) 

 

A presidência contará com três juízes auxiliares: Luiz Octávio Oliveira Saboia Ribeiro, Tulio Duailibi Alves Souza e Agamenon Alcântara Moreno Júnior (Central de Precatórios). Já a vice-presidência contará com o auxílio da juíza Adriana Sant’Anna Coninghan. 

 

Na Corregedoria-Geral da Justiça atuarão como juízes auxiliares Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, José Arimatéa Neves Costa e Otavio Vinicius Affi Peixoto. Na Ouvidoria-Geral da Justiça, assumirá a função de ouvidor o juiz Rodrigo Roberto Curvo.

 

A equipe de diretores e coordenadores também já está definida: Claudenice Deijany F. de Costa (Diretoria-Geral), Cátia Valéria Maciel de Arruda (Vice-Diretoria-Geral), Afonso Vitorino Maciel (Planejamento), Cel. Alexandre Mendes (Militar), Andrea Marcondes Alves (Escola dos Servidores), Ilman Rondon Lopes (Financeira), Karine Moraes Giacomeli de Lima (Corregedoria-Geral da Justiça), Lusanil Egues da Cruz (Recursos Humanos), Mariane de Oliveira Weissheimer (Comunicação), Mariely Carvalho Steinmetz (Judiciária), Marluce Peixoto de Assis (Administrativa), Roberto Cyríaco da Silva (Infraestrutura), Renata Tirapelle (assessora da Presidência), Salma Catarina Barbato Paiva (Magistrados), Simone Borges da Silva (Controle Interno) e Thomás Augusto Caetano (Tecnologia da Informação). (Com informações do TJ-MT)

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