Euziany Teodoro
Única News
O Tribunal Regional Eleitoral iniciou, nesta quarta-feira (10), o julgamento por prática de Caixa 2 e abuso de poder econômico que pode culminar na cassação da senadora Selma Arruda (PSL).
No período da manhã, a primeira ação foi de refutar o pedido de suspeição do relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), desembargador Pedro Sakamoto. A defesa de Selma havia afirmado que o desembargador teria dado entrevistas adiantando seu voto, que seria contra ela.
De acordo com o relator da suspeição, o desembargador Jackson Coutinho, as matérias veiculadas em vários sites não correspondem à acusação feita. “Essas matérias seriam mero exercício de especulação. Em nenhuma das matérias consta, de fato, qualquer manifestação oriunda direta do desembargador. Não vejo nenhum motivo para que seja suspenso o prosseguimento da AIJE”, afirmou.
Em seguida e durante toda a manhã, os advogados das partes e a Procuradoria Regional Eleitoral fizeram suas explanações. Os advogados de Sebastião Carlos (Rede) e Carlos Fávaro (PSD), defenderam a cassação do mandato, indicando que as provas contra a senadora são robustas e não deixam margens para dúvida.
José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, defende que seu cliente, Carlos Fávaro, terceiro colocado na disputa, assuma o cargo no Senado até que sejam feitas novas eleições. “Durante a campanha, o suplente (Gilberto Possamai) pagou de seu próprio bolso as despesas e não foi contabilizado. Caixa 2! Mais de 70% dos gastos não foram contabilizados na prestação de contas. A prova é escancarada. Não tenho dúvidas de que deve ser cassado o diploma. Que o terceiro (Favaro) assuma até que sejam feitas novas eleições”.
O julgamento foi suspenso para almoço e será retomado às 14 horas, quando o voto do relator será lido e a decisão final tomada.
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