Cuiabá, 26 de Abril de 2024

VOLTA AO MUNDO Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2019, 10:16 - A | A

19 de Dezembro de 2019, 10h:16 - A | A

VOLTA AO MUNDO / PARA GAYS

Governo da Alemanha apoia criminalização de "terapia de conversão"

Projeto de lei estipula que tentar "converter" gays será um crime passível de punição por detenção de até um ano e multa de até R$ 136 mil.

Por Reuters



A Alemanha caminhou para proibir as “terapias de conversão” de gays na quarta-feira (18). O governo apoiou um projeto de lei que pretende punir falsos curadores com penas que incluem prisão.

Os ativistas elogiaram a medida. A Alemanha se tornaria o primeiro grande país europeu a proibir tentativas de mudar a orientação sexual de uma pessoa com técnicas que incluem tratamento por eletrochoque e hipnose.

“Homossexualidade não é uma doença. Então a palavra terapia já é enganadora” disse Jens Spahn, o ministro da Saúde que é do partido de Angela Merkel, os Democratas Cristãos, de centro-direita.

Os tratamentos, que às vezes são feitos por parentes ou conselheiros religiosos, causam danos físicos e mentais severos, ele afirmou. “Isso que chamam de terapia faz as pessoas doentes, e não saudáveis.”

A lei, que o Parlamento deve aprovar durante o verão na Europa (portanto, inverno no Brasil) vai punir violações com prisão de até um ano na cadeia ou então multas de até 30 mil euros (cerca de R$ 136 mil, na cotação atual).

 

Mil pessoas submetidas por ano

 

Cerca de mil pessoas são submetidas a “terapias de conversão” todos os anos na Alemanha, de acordo com a Fundação Magnus Hirschfeld, de Berlim.

Um porta-voz da fundação disse que a Alemanha deverá se tornar o primeiro grande país a proibir essas “terapias” e que a decisão pode motivar outras nações a fazer o mesmo.

O Brasil, Equador, Malta e mais de uma dúzia de estados dos EUA baniram a “terapia de conversão”, de acordo com a ILGA, uma rede de grupos de defesa de direitos LGBTQI+.

A Nova Zelândia e a Austrália estudam leis semelhantes, assim como o Reino Unido, onde um quinto dos gays, lésbicas e bissexuais já tentaram alterar sua sexualidade ou suicídio, de acordo com uma pesquisa da Fundação Ozanne divulgada em fevereiro.

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