Por Andréia Sadi
O governador do Rio, Wilson Witzel, relatou nos últimos dias a aliados ter recebido acenos de interlocutores do PSL, em meio à crise nacional da legenda com o presidente Jair Bolsonaro. A sondagem do PSL, contam auxiliares de Witzel, seria para uma troca de partido.
Hoje, Witzel é do PSC, comandado por Pastor Everaldo, um dos principais aliados do governador no Rio.
O blog ouviu aliados do governador, que confirmam a conversa, mas afirmam que, atualmente, Witzel não tem intenção de deixar o PSC. E que trabalha para fechar um plano de olho na eleição presidencial de 2022. Para pavimentar uma possível candidatura, ele tem conversado com diversos partidos e se distanciado do presidente Jair Bolsonaro.
Nos bastidores, a avaliação do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, é a de que não existe espaço, hoje, para duas candidaturas no mesmo campo, o da direita.
Witzel está rompido com o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), que comanda o PSL no Rio (deve ser destituído) e orientou a bancada do partido na Assembleia Legislativa, a maior da Casa, a romper com o governador, o que não ocorreu.
Diante da crise nacional do PSL com o presidente, interlocutores do partido acenaram para Witzel – que se diz grato ao PSC – o que, na avaliação de políticos, atrapalha alianças com outros partidos, como o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
Motivo: o PSC tem no governo fluminense o secretário da Casa Civil, André Moura.
Deputado federal por dois mandatos, André Moura é integrante histórico do PSC e fez parte da tropa de choque do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Também foi líder do governo Michel Temer no Congresso.
Quando Cunha deixou o cargo, porque virou alvo da Lava Jato, o grupo do então presidente da Câmara trabalhou contra a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. Além disso, no governo Temer, Cunha conseguiu emplacar André Moura para a liderança do governo – cargo que Maia almejava.
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