Ari Miranda
Única News
Fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) identificaram um caso de raiva animal em um bovino, na zona rural de Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá). Segundo a autarquia, a situação já foi controlada e não há indícios de novas contaminações.
Segundo Clodomiro Reverdito, médico veterinário do Indea, a situação foi identificada no mês passado por um veterinário particular, durante visita a uma fazenda da cidade, onde ele tinha ido para ver o animal doente. Ao examinar o boi, o profissional identificou os sinais de raiva animal e notificou o Indea.
“O veterinário examinou o animal visualmente e suspeitou, por conta de sinais clínicos, como a sialorreia [produção excessiva de saliva] e acionou o Indea com suspeita de raiva”, contou Reverdito.
Após a comunicação do caso, o Indea fez o acompanhamento do bovino até o registro do óbito.
“Para obter diagnóstico com maior eficiência, é necessário que a doença tenha todo o curso natural dela. O vírus está no sistema nervoso central, onde é possível fazer exame por imunofluorescência, no qual vai apresentar um resultado sem o risco de ter um falso positivo ou um falso negativo”, explicou o veterinário.
Assim que o animal morreu, o Indea realizou a coleta do sistema nervoso do animal e encaminhou para o laboratório da autarquia, na Capital. Após 48h, o resultado do exame deu positivo para raiva animal.
Após a confirmação do caso, o produtor dono do animal foi orientado a vacinar todo o rebanho contra a doença. “Inclusive orientamos o produtor que se caso ele, algum familiar ou funcionário, qualquer pessoa que possa ter tido contato com o animal, que procurasse imediatamente a Secretaria de Saúde, já que a raiva é uma zoonose [transmissível] e principalmente fatal”, salienta.
Além do produtor prejudicado pela doença, todos os produtores da região também foram orientados a vacinarem seus animais contra a raiva. Conforme Clodomiro, a suspeita é de que o boi tenha sido vítima de um ataque do morcego hematófago, o chamado “morcego vampiro”.
“A gente entende que a colônia de morcegos que atingiu esse animal, possa estar atingindo outros também no futuro. Então, a partir desse momento, toda essa área passou a ser obrigada a vacinar. A imunização contra a raiva ela não é obrigatória por si só, a não ser que tenha foco, que foi o caso”, destacou
O Indea segue acompanhando casos na região e até o momento não há registros de novas infecções por raiva.
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