Reprodução / Internet

Termina no dia 2 de outubro deste ano a guerrilha na Colômbia. A Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, e o governo do país, em Havana, concluíram a difícil negociação de paz. Confronto armado que vem desde 1964, matou mais de 200 mil pessoas, com 45 mil desaparecidos e mais de sete milhões de deslocados de seus lugares por causa da luta civil.
Não foi fácil chegar a esse acordo, principalmente porque na Colômbia existem grupos, inclusive com líder forte como o ex-presidente Uribe, contra o processo de paz. Para acalmar os lados ficou estabelecido no acordo que haverá um referendo para o país dizer se concorda ou não com o armistício. Pesquisas mostram que a maioria concorda.
Não seria maluquice dizer que MT deveria se preocupar com esse acordo. É que na área dominada pela guerrilha havia produção de cocaína. Agora o governo do país vai poder entrar ali e combater esse problema. A Colômbia tem apoio dos EUA nessa luta, como tem também o Peru, ali perto. A preocupação é se parte daquele know how e dinheiro forem para nosso vizinho, Bolívia. Se existe problema com drogas agora em nossa fronteira, dá ou não para se preocupar com o que pode vir por aí?
Enquanto na Colômbia a guerrilha de esquerda dá adeus às armas, em outro país da América Latina, Nicarágua, a esquerda dá uma guinada para o autoritarismo.
Daniel Ortega, líder do movimento guerrilheiro, Sandinista, derrubou do poder em 1979 a família Somoza que dominava o país desde a década de 1930. Ortega agora está se perpetuando no poder. Passou lei que autoriza quantas eleições quiser. Arrumou filigrana jurídica a eliminou a pequena oposição que havia no Congresso.
Já é candidato a mais um mandato e desta vez mandou os escrúpulos às favas, sua esposa será a candidata à vice-presidente. Seus filhos já comandam as maiores estatais do país. Há um controle da mídia, Judiciário e o Congresso é Sandinista também. Acabaram com uma antiga ditadura de direita e criam uma de esquerda. Coisas da América Latina.
Na Venezuela a coisa anda quente também. A oposição conseguiu milhões de assinaturas para fazer um referendo revogatório para tirar Nicolás Maduro do poder. Lá o Judiciário é dominado pelo governo.
A Justiça ainda não bateu o martelo final sobre os números de assinaturas. A oposição diz que é jogada do governo para não fazer o referendo neste ano. Se for feito, e se tiver mais votos do que o presidente teve na eleição que o elegeu, ele estaria fora. Mas se o referendo for no ano que vem, mesmo se a maioria for contra Maduro, quem ficaria no governo seria seu vice. Por isso o judiciário está atrasando a triagem nas assinaturas.
A oposição convocou manifestações para início de setembro. O receio é ter outro caracazo como o de 1989 em que morreram mais de três mil pessoas.
Alfredo da Mota Menezes e-mail: [email protected] site: www.alfredomenezes.com
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3