Única News
Da Redação
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quarta-feira (2), a terceira fase da Operação Unfollow, com o objetivo de desarticular uma facção criminosa que movimenta mais de R$ 19 mil por dia com o tráfico de drogas na região de Sorriso.
A ação culminou no cumprimento de mais de 30 ordens judiciais e resultou na prisão de uma advogada e da esposa de um líder do grupo criminoso, ambas apontadas como peças-chave na organização
Esta etapa da operação inclui sete mandados de prisão temporária, 10 de busca e apreensão domiciliar, 10 afastamentos de sigilos telemáticos e quatro de sigilos bancários.
Além disso, um líder da facção de Sorriso foi isolado por seis meses no rigoroso Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária Central do Estado (PCE), regime com alto grau de restrições.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas simultaneamente nas cidades de Sorriso, Várzea Grande e Cuiabá. A operação conta com o apoio estratégico das equipes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Polícia de Sinop, demonstrando a amplitude da investigação e a força-tarefa empregada.
Entenda
A terceira fase da "Unfollow" é resultado direto da continuidade das investigações da Delegacia de Polícia de Sorriso e da análise aprofundada de materiais apreendidos nas fases anteriores.
As apurações revelaram uma estrutura criminosa altamente organizada, com uma hierarquia bem definida e funções específicas para cada membro, evidenciando a sofisticação da facção.
Entre os principais alvos desta fase estão a esposa de uma liderança da facção, que, segundo a investigação, assumiu o controle do comércio de drogas em Sorriso após a prisão do marido em 2023.
A outra figura central é uma advogada que prestava serviços jurídicos ao grupo criminoso, sendo que uma empresa de fachada de sua propriedade também foi alvo de buscas e apreensão, indicando seu papel na lavagem de dinheiro.
As investigações aprofundadas revelaram que, mesmo detidos na Penitenciária Central do Estado (PCE), líderes da facção continuavam a coordenar ativamente as operações criminosas, incluindo tráfico de drogas, extorsão e ordens de execução.
A facção demonstrava um alto grau de organização financeira, com metas diárias de arrecadação que estimavam um faturamento superior a R$ 19 mil por dia apenas com o tráfico de drogas.
Para a lavagem desse dinheiro ilícito, o grupo utilizava estratégias complexas, destacando-se o uso de empresas fictícias, como a da advogada investigada, para dar uma aparência de legalidade aos recursos.
A primeira fase da Operação Unfollow foi deflagrada em fevereiro deste ano. Naquela ocasião, foram cumpridas seis ordens judiciais – um mandado de prisão e cinco de busca e apreensão – contra um influenciador digital que, de acordo com a Polícia Civil, era integrante da facção criminosa e utilizava suas redes sociais para promover e cometer diversos crimes.
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