12 de Dezembro de 2024
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ARTIGOS/UNICANEWS Quarta-feira, 28 de Março de 2018, 14:12 - A | A

28 de Março de 2018, 14h:12 - A | A

ARTIGOS/UNICANEWS / JOÃO EDISOM

GANHAR, MAS NÃO LEVAR

João Edisom



(Foto: Assessoria)

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Em política existe uma máxima: “quem ajuda a ganhar, ajuda a governar”. Mas nem sempre isso ocorre. Acontece muito de gente ou grupos chegarem por último e sentar na “janelinha”, enquanto os “carregadores de piano” da campanha ficam ao relento, tomando chuva.

 

Em uma campanha política é comum muitas pessoas ou partidos ficarem sobre o muro assistindo a batalha enquanto outros gastam sola de sapato e dinheiro para fazer alguém lograr êxito. Ao final os “do muro”, vendo a vitória consolidada, saltam para dentro e tiram espaço daqueles que realmente batalharam.

 

No Brasil sempre ocorrem casos assim, mesmo que isolados. Seja nas eleições municipais, estaduais e até federal. O PDT de Mato Grosso já elegeu dois governadores (Dante de Oliveira e Pedro Taques), nestes casos perderam até o Eleito para outro partido, ambos depois de eleitos foram para o PSDB.

 

Um outro exemplo de carregador de piano que depois da batalha vencida é deixado de lado é o DEM, que aqui em Mato Grosso tem se especializado em suar sangue na campanha para outros receberem os louros. Cito o DEM por ser um partido histórico que já governou por mais de uma vez estado e teve em seus quadros senadores no quilate de Jonas Pinheiro, Júlio Campos e Jayme Campos, mas poderia citar também outros partidos que passaram, e passam, pela mesma situação.

 

Só para lembrar, nas eleições para governo de 2002, cujo êxito foi do então desconhecido suplente de senador Blairo Maggi, o PFL, do qual o DEM se originou, foi a sigla parceira de primeira hora e fundamental no processo eleitoral.

 

Vitória consolidada, não só o então PFL foi excluído da administração como recebeu como muito obrigado uma forte oposição em seu “ninho” Várzea Grande. A máquina governamental utilizou todos os seus recursos e esforços para derrota-los.

 

Na eleição de 2014, onde o então senador Pedro Taques chegou ao governo, novamente o DEM foi protagonista na campanha, mas não chegou sequer a coadjuvante na administração.

 

O interessante disso tudo é que por ser um partido muito bem estruturado no estado, o DEM só contribui, seja financeiramente, tempo de publicidade ou com militância. Falo isso porque tem partido, grupos ou pessoas que sugam mais que ajudam.

 

Agora em 2018 o partido, aqui no caso o DEM, com as novas filiações se agigantou, mas continua até agora com um discurso para ser protagonista no próximo pleito. Será isso mesmo?

 

Nesta levada temos outros partidos também sendo arrastados a reboque, seja na situação ou na oposição. Mas estes partidos precisam dizer aos seus filiados e militantes, caso estejam do lado do vitorioso em outubro: irão governar ou só bater palma?

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