Reprodução / Internet

A rede Mcdonalds vai comprar carne de uma fazenda em Alta Floresta, na região amazônica do estado. A compra inicial é de 250 toneladas, pequena perto das 30 mil toneladas que a rede consome por ano. Mas é uma reviravolta.
Em 2009 apareceu a moratória da soja. Momento em que as grandes do comércio mundial, Bunge, ADM, Cargill, Dreyfus e Amaggi, decidiram não mais financiar plantio de soja na região amazônica.
É que surgira movimento na Europa, parece que começou na Holanda, em não consumir carne de gado que fosse alimentado com farelo de soja produzido na área amazônica. Frente à situação as cinco irmãs deixaram de financiar agricultores naquela área. Diminuiu a subida desenfreada para outros lugares da região.
Quando governos dizem que está diminuindo a devastação naquele pedaço do mundo não é tanto por trabalho feito por eles, mas por causa do não financiamento das grandes do comércio de grãos no mundo.
Agora veio a notícia de que a mesma McDonald, que decidira não comprar antes, voltaria a comprar carne em fazendas da região. O mais importante é o carimbo mundial que a empresa dá à carne de gado na Amazônia. Tem um motivo por trás dessa impactante reviravolta. Tomo emprestada matéria publicada em A Gazeta.
É um trabalho de ambientalistas, com a Ong Centro de Vida à frente, de um programa chamado Novo Campo para se produzir na região amazônica sem destruir o meio ambiente. Descobriram que, mesmo com a moratória da soja, ainda havia deslizes naquela região. Produtores menores conseguiam vender suas carnes para frigoríficos que estavam fora do acordo. Com o novo programa caminha-se para fechar essa brecha também. Quarenta fazendas estão no programa.
Com trabalho direcionado, conseguiu-se aumentar a produtividade dessas propriedades. Se antes era uma cabeça de gado por hectare, agora são 2.5 cabeças por hectares. Diminuiu também o tempo de engorda e abate.
Houve ainda um trabalho de recuperação de terras degradadas. Aquelas desmatadas no passado, no momento de conquista da região, e que agora foram incorporadas às pastagens.
Tem-se, portanto, aumento de produtividade e recuperação de terras desmatadas. No caso, não se precisaria derrubar mais nada da selva para aumentar a renda do pecuarista da área.
A produção de carne ou de grãos de forma sustentável é o único caminho para o produtor rural. Compradores não querem ter problemas com consumidores em nenhum lugar do mundo. O olhar cobrador do exterior ajuda na defesa do meio ambiente e na melhora da produção no campo no Brasil.
Veja o caso da febre aftosa. Por quantas décadas, MT e o Brasil consumiram carnes com esse mal? Foi o exterior que exigiu que se cuidasse da sanidade animal senão não comprariam nossa carne. Foi bom para consumidor interno também.
Agora, na defesa da Amazônia, o exterior deu outro empurrão e que deve ajudar a preservar mais aquele ecossistema.
Alfredo da Mota Menezes e-mail: [email protected] site: www.alfredomenezes.com
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