28 de Abril de 2025
facebook twitter instagram youtube

ARTIGOS/UNICANEWS Terça-feira, 23 de Agosto de 2016, 12:04 - A | A

23 de Agosto de 2016, 12h:04 - A | A

ARTIGOS/UNICANEWS / ALFREDO MENEZES

Grande notícia



Reprodução / Internet

 

A rede Mcdonalds vai comprar carne de uma fazenda em Alta Floresta, na região amazônica do estado. A compra inicial é de 250 toneladas, pequena perto das 30 mil toneladas que a rede consome por ano. Mas é uma reviravolta.

 

Em 2009 apareceu a moratória da soja. Momento em que as grandes do comércio mundial, Bunge, ADM, Cargill, Dreyfus e Amaggi, decidiram não mais financiar plantio de soja na região amazônica. 

 

É que surgira movimento na Europa, parece que começou na Holanda, em não consumir carne de gado que fosse alimentado com farelo de soja produzido na área amazônica. Frente à situação as cinco irmãs deixaram de financiar agricultores naquela área. Diminuiu a subida desenfreada para outros lugares da região. 

 

Quando governos dizem que está diminuindo a devastação naquele pedaço do mundo não é tanto por trabalho feito por eles, mas por causa do não financiamento das grandes do comércio de grãos no mundo.

 

Agora veio a notícia de que a mesma McDonald, que decidira não comprar antes, voltaria a comprar carne em fazendas da região. O mais importante é o carimbo mundial que a empresa dá à carne de gado na Amazônia. Tem um motivo por trás dessa impactante reviravolta. Tomo emprestada matéria publicada em A Gazeta. 

 

É um trabalho de ambientalistas, com a Ong Centro de Vida à frente, de um programa chamado Novo Campo para se produzir na região amazônica sem destruir o meio ambiente. Descobriram que, mesmo com a moratória da soja, ainda havia deslizes naquela região. Produtores menores conseguiam vender suas carnes para frigoríficos que estavam fora do acordo. Com o novo programa caminha-se para fechar essa brecha também. Quarenta fazendas estão no programa.

 

Com trabalho direcionado, conseguiu-se aumentar a produtividade dessas propriedades. Se antes era uma cabeça de gado por hectare, agora são 2.5 cabeças por hectares. Diminuiu também o tempo de engorda e abate. 

 

Houve ainda um trabalho de recuperação de terras degradadas. Aquelas desmatadas no passado, no momento de conquista da região, e que agora foram incorporadas às pastagens. 

 

Tem-se, portanto, aumento de produtividade e recuperação de terras desmatadas. No caso, não se precisaria derrubar mais nada da selva para aumentar a renda do pecuarista da área. 

 

A produção de carne ou de grãos de forma sustentável é o único caminho para o produtor rural. Compradores não querem ter problemas com consumidores em nenhum lugar do mundo. O olhar cobrador do exterior ajuda na defesa do meio ambiente e na melhora da produção no campo no Brasil. 

 

Veja o caso da febre aftosa. Por quantas décadas, MT e o Brasil consumiram carnes com esse mal? Foi o exterior que exigiu que se cuidasse da sanidade animal senão não comprariam nossa carne. Foi bom para consumidor interno também. 

 

Agora, na defesa da Amazônia, o exterior deu outro empurrão e que deve ajudar a preservar mais aquele ecossistema. 

 

Alfredo da Mota Menezes e-mail: [email protected] site: www.alfredomenezes.com

  ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI  

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS! GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

 

Comente esta notícia