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BRASIL Quinta-feira, 05 de Setembro de 2024, 10:01 - A | A

05 de Setembro de 2024, 10h:01 - A | A

BRASIL / QUEIMADAS E SECA

Brasil pode perder o Pantanal até o fim do século se tendências não forem revertidas, diz Marina Silva

Ministra participou de sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado para falar sobre combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal em meio a estiagem histórica.

Kevin Lima / Mateus Rodrigues
g1 Brasília



A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (4) que o Brasil pode perder o Pantanal por completo, até o fim deste século, se o mundo não for capaz de reverter o cenário de aquecimento global.

Marina participou de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado nesta quarta para falar sobre as queimadas e a estiagem prolongada que atinge a maior parte do país – com prejuízo maior ao Pantanal e à Amazônia.

"Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o final do século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada", explicou Marina.

"E portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e assim, segundo eles [pesquisadores], até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta", continuou.

Esforço é para 'empatar o jogo'

A ministra disse ainda que o esforço do governo federal no enfrentamento às queimadas e à seca histórica no país é para "empatar o jogo" – ou seja, para mitigar os danos e reverter o que ela chama de "condições muito desfavoráveis".

Segundo Marina, o trabalho feito pelo governo desde janeiro de 2023 evitou uma "situação completamente incontrolável".

"Eu diria que o esforço que está sendo feito nesse momento é de tentar 'empatar o jogo', com essas condições totalmente desfavoráveis", disse Marina.

Queimadas e seca

Em agosto, o Brasil registrou o maior número de focos de queimadas desde 2010. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 68.635 registros. De acordo com o Inpe, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.

A marca é a quinta pior, desde o início da coleta pelo Inpe, para o período. E os números também são maiores do que o total observado em agosto de 2023. Em comparação direta com o mesmo mês, os focos de queimadas pelo país dobraram — eram 28.056 no último ano.

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