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Da Redação
Uma fiscalização do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), divulgada nesta quinta-feira (12), feita nas unidades básicas de saúde de Cuiabá mostra um problema grave: a falta de medicamentos. Um exemplo é a Unidade de Saúde da Família (USF) do CPA III, em Cuiabá, que apresentou falta de insulina e remédios controlados.
A enfermeira Diana Mota da unidade confirmou que só 40% dos remédios estão disponíveis, sendo a insulina a maior dificuldade. Ela explicou que pacientes de outros bairros também procuram a unidade, piorando o controle do estoque. Um levantamento com os moradores está sendo feito para ajustar os pedidos de medicamentos.
A maior auditoria na saúde básica de MT
Conforme o presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, essa é a maior fiscalização de atenção básica já feita no estado, cobrindo 72 unidades de saúde em 24 cidades desde segunda-feira (9).
O trabalho vai até 18 de junho e envolve todas as áreas do TCE.
"Nosso objetivo não é punir ninguém. A ideia é educar: vamos levar os resultados ao Plenário e dar recomendações aos municípios. Quem arrumar o que precisa, estará em dia. Quem não fizer nada, pode sofrer punições no futuro", explicou o conselheiro Guilherme Antonio Maluf.
Maluf destacou a importância desse trabalho, dizendo que os postos de saúde são a "porta de entrada para o SUS" e que o que acontece ali "muda a vida das pessoas."
Além da falta de remédios, o TCE-MT está investigando a saúde da mulher e o combate à hanseníase. O auditor Denisvaldo Ramos, coordenador da fiscalização, disse que o trabalho não olha só a estrutura dos prédios, mas principalmente a qualidade dos serviços.
"Queremos ver se o serviço é eficaz. Não estamos preocupados só com a estrutura. Mais importante que isso é a entrega do serviço", afirmou Ramos.
Os critérios técnicos da auditoria seguem modelos de outros tribunais, como o de São Paulo, mas adaptados a Mato Grosso.
Eles são divididos em 12 temas, como:
medicamentos
saúde da mulher
vacinação
cuidado com crianças
horários dos médicos e cumprimento da carga horária dos profissionais.
O levantamento detalhado da população do bairro, que a enfermeira Diana Mota espera ter pronto em 45 dias, vai ajudar a "garantir que os insumos cheguem de forma correta."
Os resultados finais da auditoria serão divulgados depois, com a expectativa de trazer sugestões importantes para melhorar a atenção básica em Mato Grosso.
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