Única News
Da Redação
Com o fim do prazo oficial se aproximando – 30 de junho – 39 municípios de Mato Grosso estão em sinal de alerta por não acompanharem adequadamente a saúde das crianças beneficiárias do Bolsa Família. A situação pode reduzir o dinheiro que os próprios municípios recebem para gerenciar o programa.
Um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), atualizado até 23 de junho, mostra que, de um total de 515.098 beneficiários a serem acompanhados no estado, 332.884 já tiveram seus dados de saúde registrados, uma cobertura de 64,63%.
No entanto, o cenário é mais preocupante quando o foco são as crianças de até 7 anos: apenas 47,54% delas tiveram o acompanhamento registrado.
"Isso significa que há milhares de crianças sem o acompanhamento adequado de saúde, o que compromete o objetivo principal do programa e pode levar ao bloqueio de benefícios", alertou Leonardo Bortolin, presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).
Entre os municípios com os piores índices de acompanhamento de crianças estão Curvelândia (4,23%), Nova Guarita (4,62%) e Torixoréu (7,89%). Cidades maiores como Várzea Grande (27,83%) e a capital Cuiabá (31,20%) também apresentam números preocupantes.
A AMM, em parceria com a SES-MT e o Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas/MT), está organizando uma força-tarefa para ajudar os municípios nesses últimos dias. Todos os registros devem ser inseridos no sistema e-Gestor AB até o final do mês.
O acompanhamento de saúde do Bolsa Família inclui ações como o pré-natal para gestantes, a avaliação nutricional e a verificação do cartão de vacinação das crianças.
A AMM faz um apelo final aos gestores, lembrando que o prazo para o acompanhamento da 1ª vigência de 2025 está acabando. "Vamos juntos virar esse jogo. O prazo está acabando e quem perde são as famílias se a gente não agir agora", concluiu o presidente.
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