Aline Almeida
Única News
Mato Grosso tem R$ 4,73 bilhões previstos para investimentos na infraestrutura. Serão 2,4 mil quilômetros de asfalto novo, restauração de 3 mil quilômetros de asfalto, cinco mil pontes, iluminação para as cidades, investimentos em aeroportos e aeródromos, além da construção do Hospital Júlio Muller, entre outros projetos. A área tem apresentado avanços significativos ao longo destes anos. Para falar do assunto, o secretário de Infraestrutura Marcelo de Oliveira.
ÚNICA – Recentemente, o Governo lançou o Programa Mais Mato Grosso. Para infraestrutura, o que este programa permitirá?
Marcelo de Oliveira – O Programa Mais MT é o maior programa de investimentos lançado na história de Mato Grosso. Serão investidos R$ 9,5 bilhões em quatro anos desta gestão do governador Mauro Mendes. O programa está dividido em 12 eixos estruturantes, que atendem as áreas: Segurança; Saúde; Educação; Social e Habitação; Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda; Infraestrutura; Turismo; Cultura, Esporte e Lazer; Simplifica MT; Eficiência Pública; Meio Ambiente; Agricultura Familiar e Regularização Fundiária.
Para as ações de infraestrutura estão previstos R$ 4,73 bilhões de investimentos. O valor representa metade do total de recursos do programa. Ou seja, essa gestão do Governo do Estado vai realizar muitas obras em Mato Grosso. Serão 2,4 mil quilômetros de asfalto novo, restauração de 3 mil quilômetros de asfalto, cinco mil pontes, iluminação para as cidades, investimentos em aeroportos e aeródromos, além da construção do Hospital Júlio Muller, entre outros projetos.
“O BRT é, sem sombra de dúvidas, a melhor escolha para Cuiabá e Várzea Grande no que diz respeito aos investimentos, considerando o prazo de obras e também no aspecto social”, diz Marcelo de Oliveira.
ÚNICA - O que já temos de avanço para infraestrutura nesta gestão e o que ainda precisamos caminhar?
Marcelo de Oliveira - Estão sendo executados mais de 1.000 km de pavimentação, 1.250 km de restauração, além da manutenção nas rodovias estaduais pavimentadas e não-pavimentadas de todo o Estado. A Sinfra lançou, ainda em 2020, a licitação para elaboração de cerca de 1.171 km de novos projetos de pavimentação e restauração. Além disso, temos os investimentos do programa Mais MT, como já citei. Isso significa muito mais obras por vir, que estamos dando passos importantes e significativos para o avanço da infraestrutura rodoviária de Mato Grosso.
O senhor acredita que as concessões são melhores alternativas para nossas estradas? Como elas podem ajudar? Qual plano temos para concessão de nossas rodovias estaduais e qual a porcentagem deve ser atingida por este modelo.
Considero que tanto as concessões quanto as parcerias de manutenção pedagiadas junto às associações são importantes alternativas que vem sendo utilizadas pelo Poder Público para garantir as melhorias de infraestrutura na malha rodoviária sem que seja necessária a aplicação direta de recursos públicos para execução desses serviços.
O Estado economiza os recursos que seriam aplicados na manutenção das rodovias e pode destiná-los para novas obras de pavimentações, por exemplo. Já fizemos concessões de importantes rodovias na MT-320/MT-208 a MT-100 e estamos em fase final para a assinatura de contratos de outros três lotes de rodovia.
Para 2021, a previsão é de que novos lotes de rodovias estaduais sejam colocados para a administração da iniciativa privada. Ao menos 271 quilômetros já estão em estudo pela Sinfra e outros 224 quilômetros já fazem parte do nosso planejamento futuro.
ÚNICA - Temos um grande número de acidentes nas nossas estradas. Acredita que a melhoria de nossas vias pode contribuir para mudança dessa realidade?
Marcelo de Oliveira - De acordo com a última vistoria realizada na malha pavimentada do Estado, foi possível observar que 80% encontram-se em boas condições e apenas 20% são consideradas em condições ruins/péssimas. Isso demonstra que muitos dos acidentes não têm relação direta com as condições das rodovias e são ocasionados por imprudência.
Porém, como já disse, a Sinfra continua investindo na realização de serviços de manutenção em todo o Estado de Mato Grosso, além de restauração de trechos em condições ruins. Dessa forma, estamos trabalhando para manter as rodovias estaduais mais confortáveis e seguras.
ÚNICA- Em se falando de infraestrutura e consequentemente na mobilidade das duas maiores cidades de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande, o quanto a mudança de modal será benéfica nestes dois pontos, infraestrutura e mobilidade?
“Considero que tanto as concessões quanto as parcerias de manutenção pedagiadas junto às associações são importantes alternativas que vem sendo utilizadas pelo Poder Público para garantir as melhorias de infraestrutura na malha rodoviária sem que seja necessária a aplicação direta de recursos públicos para execução desses serviços”, destaca Marcelo de Oliveira.
Marcelo de Oliveira - O BRT é, sem sombra de dúvidas, a melhor escolha para Cuiabá e Várzea Grande no que diz respeito aos investimentos, considerando o prazo de obras e também no aspecto social. Aliás, principalmente no aspecto social. A tarifa do BRT será mais acessível, na faixa de R$ 3,04, enquanto que com o VLT a tarifa ficaria em torno de R$ 5,28. Ou seja, mensalmente o VLT demandaria um custo adicional de R$ 1,9 milhão em relação do BRT, que poderiam vir a ser custeados pelos usuários por meio da tarifa, encarecendo ainda mais.
Além disso, o BRT proporcionará maior alcance social e trará mais eficiência do que o atual sistema de transporte coletivo, pois vai atingir as regiões mais populosas e também mais distantes de Cuiabá e Várzea Grande que não seriam contempladas com o VLT. Outra vantagem é a possiblidade de prolongar os corredores do BRT, no futuro, para avenidas importantes de Cuiabá e de grande adensamento de usuários do transporte coletivo.
A matemática é simples: o VLT é uma linha reta, trilho fixo. O BRT, não. São corredores estruturados, pode passar ônibus comuns, podemos ampliar para outras regiões, tarifa mais barata, menor custo e tempo de implantação, além de menor impacto no trânsito. Temos somente vantagens nessa escolha, principalmente para quem vai usar o transporte coletivo.
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