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ECONOMIA Terça-feira, 06 de Setembro de 2016, 11:31 - A | A

06 de Setembro de 2016, 11h:31 - A | A

ECONOMIA / ANFAVEA

Produção de veículos no Brasil cai 18,4% em agosto, diz Anfavea

Resultado é na comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado de 2016, volume é 20% menor que no ano passado.

Do G1, em São Paulo



Parte de montagem da carroceria (body shop) da fábrica da Jeep (Foto: Divulgação)Fábrica da Fiat em Goiana, PE; produção de veículos no Brasil segue em queda (Foto: Divulgação)

A produção de veículos no Brasil encolheu 18,4% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo dados divulgados pela associação de fabricantes (Anfavea). Foram montados no total 177.726 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus.

 

Em relação a julho, que somou 189.907 unidades, houve desaceleração de 6,4%.

 

Em relação ao período de janeiro a agosto do ano passado, o montante de veículos produzidos neste ano é 20,1% inferior.

 

Parada na Volkswagen


A parada completa da Volkswagen por causa de uma disputa com um fornecedor de peças foi o principal fator de queda da produção em agosto, segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea. "Se essa empresa estivesse em situação normal de produção, o número estaria mais próximo de 200 mil, ou até superando isso", explicou.

 

Ele disse ainda que a retomada das linhas de montagem da Volkswagen é uma condição pontual, mas que pode afetar a estimativa de produção para o ano, que é de 2,29 milhões de unidades, o que representaria queda de 5,5% em relação a 2015.



Olimpíada reduziu vendas


A retração nas linhas de montagem em agosto é maior do que nas vendas, que caíram 11,3% ante o mesmo mês de 2015, conforme informado no último dia 1º pela federação dos concessionários, a Fenabrave.

 

Os emplacamentos subiram 1,4% na comparação com julho, no 4º mês seguido de alta sobre o mês imediatamente anterior, mas houve queda na média diária de vendas, considerada um indicador chave da demanda do setor.

 

Com a definição do processo do impeachment, entendemos que é um começo (...) Não podemos mais perder tempo. As reformas que estão por vir são absolutamente indispensáveis e nosso apoio é irrestrito ao ajuste fiscal" Antonio Megale, presidente da Anfavea.
 

"Poderia ter sido até melhor. A Olimpíada foi de grande sucesso para o país, mas trouxe dificuldades ao setor. O Rio de Janeiro teve uma queda de emplacamentos de 14%, enquanto o Brasil cresceu 1,4%", afirmou Megale.

 

"Com a definição do processo doimpeachment, entendemos que é um começo. Temos que seguir em frente, não podemos mais perder tempo. As reformas que estão por vir são absolutamente indispensáveis e nosso apoio é irrestrito ao ajuste fiscal", completou.

 

Emprego


As montadoras seguem reduzindo a força de trabalho nas fábricas, mas não no mesmo ritmo de queda nas vendas. O número de empregados diretos no final de agosto foi de 126 mil, o que é 6,2% menor do que o verificado 1 ano atrás, quando 134,4 mil trabalhavam nas montadoras associadas.]

 

 
 
 
De acordo com Megale, as demissões de agosto refletem alguns planos de demissão voluntária (PDV) feitos pelas montadoras.
 

A Anfavea diz que defende a mudança nas leis trabalhistas propostas pelo governo Michel Temer, como a supremacia dos acordos entre empresa e funcionário sobre a legislação trabalhista e a regulamentação da terceirização das atividades fim, que libera a montadora para terceirizar os funcionários de chão de fábrica, por exemplo.

 

As montadoras também propuseram transformar o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que vale até 2017, em um instrumento permanente para ajustar o volume de funcionários conforme as crises.

 

Em agosto, 22,3 mil trabalhadores estavam com algum restrição na jornada de trabalho no final do mês, sendo 2,5 mil em lay-off e 19,8 mil no PPE.

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