Ana Adélia Jácomo
Da Redação
A senadora Margareth Buzetti (PSD) planeja se licenciar do cargo até o final do ano, abrindo caminho para o segundo suplente de sua chapa, o ex-secretário José Lacerda (PSD). O anúncio surge após controvérsias envolvendo o ministro Carlos Fávaro (PSD), titular da vaga, que teria cobrado publicamente o cumprimento de um acordo para a rotatividade na suplência.
"Eu disse que sairia para o segundo suplente assumir. Devo me afastar no final de novembro, início de dezembro", declarou a congressista. A expectativa no cenário político é que, após essa licença, Buzetti não retorne à sua posição.
Em março do próximo ano, Carlos Fávaro deve se afastar de seu ministério no Governo Federal para se habilitar a disputar as eleições. Ele é um nome forte para buscar a reeleição ao Senado ou até mesmo o governo de Mato Grosso.
Buzetti, que era a primeira suplente de Fávaro na eleição suplementar de 2020 (realizada após a cassação de Selma Arruda), migrou do PP para o PSD para ocupar a vaga no Senado quando Fávaro assumiu o ministério em 2023.
O titular da vaga chegou a fazer cobranças públicas sobre o acordo de revezamento, sinalizando um racha político entre eles. Inclusive, Fávaro chegou a deixar o ministério em algumas ocasiões estratégicas para garantir votos favoráveis ao governo, temendo uma posição contrária de Buzetti.
Em meio a esse distanciamento de Fávaro, Margareth Buzetti tem se aproximado do governador Mauro Mendes (União Brasil) e articula seu retorno ao Partido Progressistas (PP). A intenção é que ela concorra novamente ao Senado pela legenda, que em nível nacional firmou federação com o União Brasil, indicando uma aliança futura.
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