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GERAL Sexta-feira, 28 de Julho de 2023, 12:30 - A | A

28 de Julho de 2023, 12h:30 - A | A

GERAL / CASO ISABELE RAMOS

“Atiradora sabia bem o que estava fazendo”, afirma perita criminal

Profissional forense classificou crime como intencional e que autora do crime possui traços de psicopatia.

Ari Miranda
Única News



Em entrevista ao PodCast Crime S/A, do jornalista Beto Ribeiro, na tarde desta quinta-feira (27), a psicóloga e perita criminal Rosangela Monteiro, questionou os desdobramentos judiciais do assassinato da jovem Isabele Ramos, morta por uma “amiga” em julho de 2020, aos 14 anos, com um tiro de pistola no rosto.

O crime aconteceu em julho de 2020, dentro da casa da autora do crime, (hoje com 17 anos), em um condomínio de alto padrão de Cuiabá.

Nesta semana, a Justiça extinguiu a medida socioeducativa contra a adolescente que atirou e matou Isabele. Segundo a decisão, a menor de idade já concluiu a medida socioeducativa que pesava contra ela.

Com 44 anos de experiência em perícia forense e embasada nas provas levantadas no dia do fato, Rosangela defendeu que a autora do crime deveria responder como adulta pela morte de Isabele. Tendo em vista que, a jovem sabia bem o que estava fazendo quando atirou na amiga.

“Uma menina dessa idade aqui, com o histórico dela, tinha que cumprir uma pena como adulto. A juíza extinguiu, e quem está cumprindo pena é a família da menina [Isabele]”, disse a perita.

Rosangela citou ainda a primeira condenação da autora do crime, à época enquadrada como crime análogo a homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar.

“Ela agiu com frieza, hostilidade, desamor e desumanidade”, asseverou.

“Ficou muito claro a postura da menina [atiradora], porque aí você vai ver o comportamento dela. Você vai analisar como um todo. A juíza viu que a menina ‘não estava nem aí’. Se você tem uma psicopata não é que ela sente ódio. Ela simplesmente não sente”, disse.

Porém, em julho do ano passado, a Justiça reconsiderou a tipificação do crime, e o homicídio passou de doloso para culposo, quando não há a intenção de matar. O que para a psicóloga e perita criminal, pode ser descartado, alegando que a jovem pode ter dado o tiro simplesmente “para ver como seria”, explicando em detalhes o que a levou a tal conclusão.

“Uma menina inteligente. Psicopata. ‘Vou disparar na cara dessa menina para ver como é’. (...) A arma estava perfeita! Não foi disparo acidental. Tenho um disparo a curta distância, de 20 a 25 centímetros, e foi disparado a 1,44 m de altura. Olho no olho, por uma menina que sabe mexer com arma”, pontuou.

A profissional ‘derrubou’ a versão da atiradora, que afirmou em depoimento ter atirado acidentalmente em Isabele, apontando as diferenças entre um disparo acidental e involuntário e um tiro intencional.

“Não se guarda arma municiada. Existe armeiro que vai mexer na arma e acaba disparando na cara. Aí seria um disparo involuntário, não acidental. Aí começam as diferenças”, pontuou Rosângela.

“O disparo acidental é aquele em que arma dispara sozinha, sem que ninguém vá lá e aperte o gatilho”, concluiu.

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