02 de Julho de 2025
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GERAL Sábado, 03 de Julho de 2021, 08:39 - A | A

03 de Julho de 2021, 08h:39 - A | A

GERAL / FILHA MATOU ISABELE

Família Cestari vence licitação de R$ 1,6 milhão no MPE

Abraão Ribeiro
Da Redação



Os pais da menor B.O.C., de 15 anos, acusada e internada pelo assassinato da adolescente Isabele Guimarães, 14, com um tiro no rosto, venceram uma licitação no Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT). A empresa da família Cestari, a Telc Telecom Empreendimentos Ltda, venceu uma licitação de R$ 1,6 milhão para prestar serviços de manutenção preventiva de rede do MP.

A empresa está registrada no nome dos empresários Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Oliveira Cestari, pais da adolescente que matou a jovem Isabele, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. Marcelo e Gaby são réus em uma ação penal movida pelo MPE pela morte de Isabele. Recentemente, o próprio MP pediu que o casal seja levado a júri popular pelo caso.

O contrato com a ata de registro de preços foi publicado nesta quinta-feira (1º) no Diário Oficial do MPE. O documento é assinado pela subprocuradora-geral de Justiça Administrativa, Esther Louise Asvolinsque Peixoto. De acordo com documentos anexados no Portal da Transparência do MPE, a Telc Telecom foi vencedora do pregão encerrado no dia 14 de junho.

"Registro de preços para eventual contratação de empresa especializada em manutenção preventiva e corretiva de fibras óticas do Ministério Público do estado de Mato Grosso, de acordo com as especificações técnicas e quantidades constantes no termo de referência", cita o documento.

Arquivo MPE Cestari

 

O MPE informou à imprensa que a empresa vencedora do processo licitatório atendeu a todas as exigências do órgão e não existe impedimento legal para a contratação. Disse também que “o contrato só será finalizado caso a instituição necessite dos serviços prestados”.

O crime

Isabele foi morta na noite de 12 de julho de 2020, na casa da amiga B.O.C., hoje com 15 anos, com um tiro que transfixou sua cabeça, entrando pelo nariz e saindo na nuca. A menina tinha passado o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga, os pais dela e seus irmãos e os namorados de duas delas. Isabele morreu por volta das 22h.

B. alegou que o tiro foi acidental. A menor disse ainda que tinha ido atrás de Isabele em um banheiro, com um case contendo duas armas nas mãos. Esse case teria caído e, ao se levantar, perdeu o equilíbrio e atirou sem querer na amiga.
No entanto, a Polícia Civil descartou essa versão e a menina responde por crime análogo à homicídio doloso – quando há intenção de matar.

Além do enquadramento de B.O.C. em crime análogo a homicídio doloso, também foram incriminados: os pais dela, Marcelo Cestari e Gaby Soares, por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores; o sogro dela, Glauco Correa da Costa, por omissão de cautela na guarda de arma de fogo; e o ex-namorado dela, o menor G.C.C., por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado, sem autorização.

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