Christinny dos Santos
Única News
Ricardo Batista Ambrozio, de 44 anos, o braço direito de "Marcola", Marco Willians Herbas Camacho, maior líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no país, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. Ao decidir pela manutenção da prisão do criminoso, o juiz Luís Augusto Veras Gadelha, da 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, destacou o histórico criminal do faccionado, que já estava foragido da justiça, classificando-o como criminoso de “altíssima periculosidade”.
Conhecido como “sintonia final das ruas”, Ricardo é o chefe do PCC fora dos presídios. Foragido da Justiça de São Paulo desde 2016, quando foi condenado a 16 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de associação criminosa e associação para o tráfico de drogas, Ricardo foi localizado pela polícia morando com a família no bairro Costa Verde, em Várzea Grande. Ele e a esposa foram presos em flagrante por uso de identidade falsa na última quinta-feria (03).
Em audiência de custódia, a defesa de Ricardo requereu a ele a concessão de liberdade provisória. No entanto, levou-se em consideração o fato de ele já ter sido inclusive condenado.
“Há, sem dúvida, prova da existência dos crimes e indícios suficientes da autoria imputada ao indiciado e consta nos autos que se trata de integrante do PCC de altíssima periculosidade, inclusive com mandado de prisão em aberto por condenação a mais de 16 (dezesseis) anos de prisão”, diz trecho da decisão.
Além disso, Ricardo sequer chegou a cumprir sua pena ou parte dela, e é considerado foragido desde a condenação, o, conforme a decisão, demonstra que qualquer medida cautelar alternativa a prisão não será efetiva. “A conversão da prisão em flagrante se justifica, então, em razão da reiteração criminosa e, também, para garantir a instrução criminal, pois, mesmo tendo sido condenado em outro processo, se evadiu do distrito da culpa e voltou a delinquir, circunstância que demonstra a ineficácia da aplicação de outras medidas cautelares para refrear o seu ímpeto criminoso”, consta no documento.
Isto demonstra, portanto, que se solto, há forte probabilidade de que Ricardi continue a delinquir, colocando em risco a ordem pública. Diante disto, ele teve a prisão mantida: “Pelo exposto, nos termos do art. 310, inciso II c/c o art. 311 e 312, todos do Código de Processo Penal, converto a prisão em flagrante delito do acusado Ricardo Batista Ambrozio em prisão preventiva”, diz trecho do documento assinado pelo magistrado.
A esposa de Ricardo, porém, foi colocada em liberdade. Na decisão, assinada pelo mesmo magistrado que manteve a prisão do faccionado, consta que “é mínima a probabilidade de ela voltar a delinquir, caso seja colocada em liberdade”.
A prisão
Conforme a Polícia Civil, as autoridades conseguiram chegar até Ricardo, após a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informar sobre o uso de documentos de identificação falsificados por parte de dois adolescentes, que durante as investigações, os policiais descobriram ser filhos de Ricardo.
O criminoso passou a ser monitorado pela Polícia, que foi abordado na última quinta-feria. Ricardo entregou à polícia um documento de identidade que a equipe policial identificou como falso. Então, o bandido confessou que vivia com a família no bairro Costa Verde. Toda a família utilizava documentos falsos e foi detida.
Além da documentação, a Polícia Civil apreendeu os telefones celulares de toda a família e, junto a equipe policial paulista investigará se de fato o criminoso veio a Mato Grosso para atuar na expansão do PCC e investiga também a hipótese de que ele tenha tentado se infiltrar na facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Criminoso deve ficar custodiado no Penitenciária Central do Estado até sua transferência para São Paulo.
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