09 de Maio de 2025
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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 19:06 - A | A

31 de Outubro de 2024, 19h:06 - A | A

JUDICIÁRIO / REDE DE PEDOFILIA

Juiz cita 13 HDs cheios de pornografia infantil e mantém diretor de escola na cadeia

ervidor efetivo do estado, ele é professor de história e atuava como diretor da Escola Estadual Padre João Panarotto

Christinny dos Santos
Única News



A Justiça de Mato Grosso manteve a prisão do diretor de uma escola em Cuiabá, Elson Bosco Ojeda, envolvido em uma rede de pedofilia. O servidor efetivo do estado é professor de história e atuava como diretor da Escola Estadual Padre João Panarotto, no bairro CPA 4. Ele foi preso nesta quinta-feira (31) durante a operação Lobo Mau, deflagrada pelo Gaeco de São Paulo.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que já determinou o afastamento imediato do professor e na sequência serão adotadas outras medidas cabíveis ao caso.

O juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, do Núcleo de Audiência de Custódia de Cuiabá, entendeu como necessária a manutenção da prisão de Ojeda para garantia da ordem pública.

As investigações do Gaeco apontaram que Elson faz parte de uma rede criminosa envolvida na produção, no armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material). Durante a deflagração da operação foram apreendidos 13 HDs externos, celulares, CPU e afins. Em pré-analise e visualização feita pelo perito criminal da Politec foram encontrados armazenados nos dispositivos dados de cunho pedofilia.

Se passando por menores, a rede de pedofilia induzia crianças e adolescentes a produzirem conteúdo de exploração sexual, especialmente estupro de vulnerável, e depois armazenavam e comercializavam o material contendo cenas de sexo e nudez de menores por meio de grupos de mensagens.

O magistrado afirmou que os fatos apurados durante a investigação bem como o material apreendido demonstram a "extrema gravidade da ocorrência e a consequente necessidade de salvaguardar a ordem pública. E entendeu que “a paz social, a tranquilidade cuja manutenção é um dos objetivos principais do Estado, será abalada se o autuado permanecer em liberdade".

Portanto, quaisquer medidas cautelares alternativas à prisão não seriam eficazes para conter a continuidade de "possível prática do odioso crime de em tela", afirmou o juiz, reiterando a extrema gravidade do crime cometido.

"Com essas considerações, com fulcro no art. 310, inciso II, do CPP, converto a prisão em flagrante de Elson Bosco Ojeda em prisão preventiva, já que presentes os requisitos constantes do art. 312 e 313, incisos I ambos do Código de Processo Penal, já que, para a hipótese, as medidas cautelares diversas à prisão revelam-se inadequadas e insuficientes", decidiu, por fim, o magistrado.

A operação

Durante as investigações, realizadas pelo Gaeco de São José do Rio Preto e a Polícia Civil do Estado de São Paulo, descobriu-se a existência de um número experessivo de criminosos envolvidos na rede de pedofilia. Se passando por crianças e adolescentes, eles entravam em contato com menores de idade por meio várias plataformas digitais e os induzia a produzir conteúdo o conteúdo pornográfico, como nudez e até mesmo de sexo.

Além de consumir o material pornográfico, os criminosos ainda o distribuíam em grupos de fechados de troca de mensagens como WhatsApp, telegram Instagram, Signal e até em jogos como Roblox.

Até o momento ocorreram 23 prisões em flagrante em Mato Grosso e outros 10 estados.

O nome da operação

Lobo Mau faz referência ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.

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