Cuiabá, 08 de Setembro de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 30 de Julho de 2024, 19:10 - A | A

30 de Julho de 2024, 19h:10 - A | A

JUDICIÁRIO / OPERAÇÃO ATIVO OCULTO

Juiz nega devolução de bens apreendidos pelo Gaeco a parentes de “Sandro Louco”

Esposa, tia e prima de um dos precursores do Comando Vermelho em MT tentavam reaver bens apreendidos em operação realizada em março do ano passado.

Ari Miranda
Única News



Em decisão publicada nesta terça-feira (30), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou devolver diversos bens e valores em dinheiro apreendidos com familiares do criminoso Sandro da Silva Rabelo, o "Sandro Louco", um dos precursores da facção Comando Vermelho em Mato Grosso.

Thaisa Souza de Almeida, esposa de Sandro Louco, juntamente com outras duas mulheres de iniciais I.R.U. e A.R.U.S., tia e prima de Sandro, buscavam ter de volta aparelhos celulares, uma arma de fogo, automóvel, munições e milhares de reais em espécie.

As três foram alvos da Operação Ativo Oculto, deflagrada em março do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente da atividade da facção criminosa em MT.

A defesa das requerentes argumentou à Justiça que não foi demonstrada a "fundada suspeita" a respeito dos bens apreendidos e que eles não interessam mais ao processo.

Contudo, em sua decisão, Jean Garcia refutou as alegações, destacando que os bens interessam sim ao processo, visto que a ação ainda está em andamento, além de que os bens requeridos podem ser objetos indiretos de crimes.

“Diante deste cenário, vê-se que há contundentes indícios de que os valores e bens cuja restituição se pleiteia podem constituir proveito direto ou indireto das infrações supostamente perpetradas pelas Requerentes, de sorte que o deferimento do pleito encontra óbice nos arts. 119, 120, 121 e 133 do Código de Processo Penal. Por estas razões, julgo improcedente o pedido em sua integralidade”, determinou o juiz.

Assessoria/MPMT

GAECO.jpg

Agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de MT.

A OPERAÇÃO

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, deflagrou na manhã do dia 23 de março a operação Ativo Oculto, para cumprimento de ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária, bloqueio de bens e valores.

A operação se fundamentou em investigação conduzida pelo Gaeco e apurou crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores arrecadados com as atividades do Comando Vermelho no Estado.

Ao todo serão, 271 mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Do total de ordens judiciais, 34 são mandados de prisões cautelares, 112 de bloqueios e sequestro de bens e valores e 125 de busca e apreensão. Ao todo foram mobilizados mais de 600 policiais civis e militares.

Já no dia 3 de abril, o Gaeco deflagrou a segunda fase da operação, onde foram cumpridos mais quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária. Entre os alvos, a advogada de “Sandro Louco”.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia