Ari Miranda
Única News
Em decisão publicada nesta terça-feira (30), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou devolver diversos bens e valores em dinheiro apreendidos com familiares do criminoso Sandro da Silva Rabelo, o "Sandro Louco", um dos precursores da facção Comando Vermelho em Mato Grosso.
Thaisa Souza de Almeida, esposa de Sandro Louco, juntamente com outras duas mulheres de iniciais I.R.U. e A.R.U.S., tia e prima de Sandro, buscavam ter de volta aparelhos celulares, uma arma de fogo, automóvel, munições e milhares de reais em espécie.
As três foram alvos da Operação Ativo Oculto, deflagrada em março do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente da atividade da facção criminosa em MT.
A defesa das requerentes argumentou à Justiça que não foi demonstrada a "fundada suspeita" a respeito dos bens apreendidos e que eles não interessam mais ao processo.
Contudo, em sua decisão, Jean Garcia refutou as alegações, destacando que os bens interessam sim ao processo, visto que a ação ainda está em andamento, além de que os bens requeridos podem ser objetos indiretos de crimes.
“Diante deste cenário, vê-se que há contundentes indícios de que os valores e bens cuja restituição se pleiteia podem constituir proveito direto ou indireto das infrações supostamente perpetradas pelas Requerentes, de sorte que o deferimento do pleito encontra óbice nos arts. 119, 120, 121 e 133 do Código de Processo Penal. Por estas razões, julgo improcedente o pedido em sua integralidade”, determinou o juiz.
Assessoria/MPMT
Agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de MT.
A OPERAÇÃO
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, deflagrou na manhã do dia 23 de março a operação Ativo Oculto, para cumprimento de ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária, bloqueio de bens e valores.
A operação se fundamentou em investigação conduzida pelo Gaeco e apurou crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores arrecadados com as atividades do Comando Vermelho no Estado.
Ao todo serão, 271 mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Do total de ordens judiciais, 34 são mandados de prisões cautelares, 112 de bloqueios e sequestro de bens e valores e 125 de busca e apreensão. Ao todo foram mobilizados mais de 600 policiais civis e militares.
Já no dia 3 de abril, o Gaeco deflagrou a segunda fase da operação, onde foram cumpridos mais quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária. Entre os alvos, a advogada de “Sandro Louco”.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!