Aline Almeida
Única News
O promotor de justiça Roberto Aparecido Turin instaurou inquérito civil para apurar o sumiço de um aparelho de ressonância magnética da Santa Casa de Cuiabá. O equipamento é avaliado em R$ 2,5 milhões. O desaparecimento foi constatado pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de Cuiabá, que investigou irregularidades na unidade.
Segundo o MP, o objetivo é investigar a aquisição irregular do equipamento, já que foi adquirido em 2017, quando a Santa Casa era ainda uma instituição filantrópica. O aparelho foi em grande parte pago, antes mesmo de ser recebido. A desconformidade consta no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) conduzida pela Câmara Municipal de Cuiabá, que investigou irregularidades na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, em anos anteriores a 2019.
A CPI apurou que, no ano de 2019, o referido equipamento não teria sido encontrado na unidade hospitalar, embora constasse na relação patrimonial da entidade.
“Desta forma, resolve instaurar inquérito civil para apurar suposta aquisição irregular de um aparelho de ressonância magnética (marca Siemens, modelo Essenza, ano 2011 1.5T), em dezembro de 2017, cujo valor teria sido em grande parte pago, antes mesmo do recebimento do bem pela Santa Casa”, destaca o promotor em trecho de portaria.
ADQUIRIDO SEM NECESSIDADE
A auditoria feita pela Controladoria Geral do Estado (CGE) na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, nas gestões de 2016 a 2018, apontou que o aparelho de ressonância foi adquirido sem necessidade. O valor pago por uma máquina de ressonância magnética foi 114,65% acima do preço de mercado. A CGE questionou a necessidade do equipamento, já que os serviços demandados pelos pacientes eram terceirizados.
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