Keka Werneck e Aline Almeida
Única News
O Ministério Público deu parecer favorável à mãe da adolescente Isabele, morta aos 14 anos, com um tiro disparado pela colega no condomínio de luxo, o Alphaville, em Cuiabá, em julho do ano passado. Patrícia Ramos pediu para atuar como assistente de acusação na ação que envolve os pais da garota que atirou.
Agora ainda falta decisão judicial, para que isso se concretize, como explica o advogado da família de Isabele, Hélio Nishiyama.
O promotor Milton Pereira Merquiades, que deu o parecer favorável à Patrícia, explica que esse pedido é de praxe, quando se quer ter mais voz ativa na ação. Segundo ele, este é um direito que está na lei e o juízo deve decidir favoravelmente.
"A legislação garante que vítimas vivas ou parentes de vítimas mortas podem fazer este pedido, quando querem ampliar o convencimento sobre os fatos", explica o promotor Merquiades.
Segundo ele, muitas vezes esse tipo de assistência, de pessoas envolvidas no caso, ajuda muito. "Têm muito conhecimento dos fatos e trazem informações que não sabíamos, detalhes".
O pedido foi feito no âmbito da ação que envolve os pais da adolescente que atirou, Marcelo e Gaby Cestari. Eles foram denunciados por homicídio culposo, porte ilegal de arma de fogo, entrega da pistola para a menor, fraude processual e corrupção de menores. Na denúncia, o promotor afirmou que os dois estavam "mancomunados" e por isso são responsáveis pela atitude da filha.
As outras ações deste caso, de grande repercussão, são a da adolescente, que está apreendida no Complexo do Pomeri, no Lar Menina Moça, onde ficam jovens infratoras. À terceira ação respondem o pai e o namorado dela.
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