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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2022, 21:59 - A | A

23 de Fevereiro de 2022, 21h:59 - A | A

JUDICIÁRIO / ERROS NA PERÍCIA OFICIAL

Perito diz que verdureiro estava em movimento e freio automático não foi acionado

Mayara Campos
Única News



O perito criminal Alberi Espindula, contratado pela família da médica acusada de atropelar e matar o verdureiro Francisco Lúcio Mara, Letícia Bortolini, depôs no julgamento desta quarta-feira (23), que os examinadores da Perícia Oficial (Politec) cometeram uma sequência de erros ao avaliar o caso. 

"Infelizmente, é até constrangedor levantar esses erros dos colegas, mas o erro inicial foi no exame de local onde aquele laudo de velocidade foi feito. E quando o juiz determinou que fosse feito um laudo com todo o material, os colegas que fizeram o último laudo não tiveram a humildade de reexaminar, como deveria, e persistiram nesses erros todos ai que nós estamos discutindo”, disse Espindula.

O perito disse também que as imagens do momento do acidente, não estavam muito claras, sendo um trabalho “extremamente difícil” para detectar a silhueta da vítima.

"Essa sequência de erros nos levou a essa questão e a gente fica preocupado porque as imagens mostram uma coisa, mas não chega a essa equidade que os colegas chegaram a dizer, que definiram uma imagem de alguém que era do sexo masculino”, explica o perito.

Um dos erros cometidos pela Politec seria a respeito do equipamento instalado no carro da médica para auxiliar na frenagem do veículo. Segundo o profissional, os agentes teriam desconsiderado a ferramenta na análise.

"A gente pode ver que o sistema não entrou em funcionamento. E tem que ter uma explicação para isso. Não entrou em funcionamento porque não havia obstáculo dentro do espaço que ele entrou. O sistema não conseguiu porque já tinha passado do ponto de percepção dentro do próprio sistema", disse.

Outro apontamento de Alberi foi em relação ao carrinho de mão conduzido pelo verdureiro. Ele disse que não teria qualquer tipo de sinal visual que facilitasse sua visualização à distância.

“Foi uma sucessão de equívocos […] o colega não viu a lesão e não examinou o carrinho de mão", afirmou o perito, em relação a uma lesão sofrida pela vítima, provocada pela batida contra o carrinho de mão, que teria contribuído com o acidente.

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