Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2024, 15:46 - A | A

14 de Fevereiro de 2024, 15h:46 - A | A

POLÍCIA / CONFUSÃO EM CHAPADA

Corregedoria vai investigar delegado e esposa investigadora após briga e tiros

Inquérito foi instaurado na Corregedoria da Polícia Civil.

Ari Miranda
Única News



Após uma briga de casal entre o delegado de Polícia Civil, Bruno Lima Barcellos, e sua esposa, a investigadora Keyttnee Campos Rodrigues, que terminou em confusão e disparos de arma de fogo, na segunda-feira (12), em Chapada dos Guimarães (65 Km de Cuiabá), a Corregedoria da instituição disse em nota à imprensa na manhã desta quarta-feira (14), que instaurou um procedimento para apurar a conduta dos dois servidores públicos.

Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, os trabalhos investigativos foram acompanhados na Delegacia de Chapada, junto ao delegado titular da unidade.

Ambos os servidores foram autuados em flagrante de delito; a investigadora por disparo de arma de fogo e o delegado por violência doméstica e familiar. Além deles, a sogra do delegado, que também teve participação nos fatos, foi autuada em flagrante por disparo de arma de fogo.

RELEMBRE O CASO - Após briga, investigadora de Polícia Civil tenta matar delegado em Chapada

A Justiça da Comarca de Chapada dos Guimarães homologou a prisão dos três em flagrante. Contudo, o delegado, a investigadora e a mãe dela foram postos em liberdade, após o pagamento de fiança.

Segundo a Corregedoria Geral da Polícia Civil, outras diligências serão realizadas para esclarecer os fatos. Um inquérito foi instaurado e, havendo elementos suficientes, ambos poderão responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Por fim, a corregedoria disse que, por ora, não haverá afastamento dos dois servidores de suas funções

O CASO

Conforme o boletim de ocorrência, o delegado Bruno Lima Barcellos, lotado na cidade de Cáceres (220 Km de Cuiabá) estava com sua esposa, a investigadora Keyttnee Campos Rodrigues, na casa deles, em Chapada, quando disse a ela que iria para Cáceres.

Keytnee então disse que iria junto com ele. O delegado concordou e os dois iniciaram a viagem em uma picape Mitsubishi L200 quando, no meio do caminho entre Chapada e Cuiabá, eles lembraram que esqueceram alguns objetos e voltaram à Chapada para buscá-los. 

O delegado então voltou à residência deles e pediu para ficar com o carro, que seguiria sua viagem para Cuiabá e então Cáceres, fato que, segundo o boletim de ocorrência, teria irritado a investigadora de polícia, que não aceitou que o marido fosse sozinho e sacou uma arma de dentro do porta-luvas da picape e apontou para o delegado. Bruno então a segurou e se abrigou atrás do carro, momento em que Keyttnee atirou em sua direção.

Assim que ouviu o disparo,a mãe dela saiu para ver o que estava acontecendo, ocasião em que o delegado pediu para que a sogra retirasse Keyttnee dali e a levasse para dentro de casa.

Neste momento, a sogra também pegou uma arma de fogo e também atirou na direção do delegado, que se esquivou, entrou na L200 e saiu em disparada, indo até a Delegacia de Chapada para denunciar o fato. Antes de sair de casa,o delegado disse que recebeu ameaças de morte da esposa e a mãe dela.

Segundo o delegado, a arma dele ficou em posse da sogra dele, que teria lhe dito que entregaria a arma na delegacia, o que segundo informações, ainda não ocorreu.

 

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Em seu depoimento, Keytnee comentou que estava vivendo em um ciclo de agressões físicas por parte do marido, mas esperava que ele pudesse se redimir e acreditava que tudo pudesse ser resolvido.

Além disso, está registrado também no depoimento que a investigadora já apanhou cerca de cinco vezes do delegado. Segundo Keyttinee, Bruno é um homem extremamente e que em outras ocasiões já a agrediu na frente do filho dela, de 14 anos, e da sua tia, que era empregada doméstica do casal.

Conforme Keytnee, no dia da confusão em Chapada, Bruno teria agredido fisicamente e dito diversas injurias à sua pessoa por motivo fútil, após ter ficado com ciúmes do padrasto dela

No relato, a investigadora disse ainda que, por diversas vezes, a vizinhança deles, em Cáceres, presenciou as brigas do casal.

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