Da Redação
(Foto: Fórum; Rondonópolis)

O Fórum de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) que - recentemente anunciou uma alternativa inusitada para chamar a população a participar dos tribunais de júri -, levando os julgamentos para os bairros, mais comumente onde ocorreram os crime, realizou na semana passada (mais especificamente na última quinta-feira, 16) seu primeiro julgamento.
Ele ocorreu no centro comunitário do bairro Jardim Rivera. O réu Renato Henrique da Silva Santos foi condenado a 13 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, pela morte a tiros de Wesley Ubiratan Albuquerque dos Santos. O crime ocorreu em 2012, no estacionamento da boate Madri, situada na região central de Rondonópolis. Além desse crime, o réu é acusado em processos desmembrados de matar Everton Aparecido Moraes da Silva e da tentativa de assassinato de outras três pessoas, que se estavam na companhia de Wesley na noite do crime.
A iniciativa que partiu do juiz titular da Primeira Vara Criminal do Município, Wladymir Perri, justificou a alternativa, neste início da semana, revelando que o objetivo é deixar claro à população que a Justiça tem feito sua parte. 'Ou seja, levar ao conhecimento de todos o resultado dos julgamentos. Esta ação também contribui para a segurança da região, já que os infratores vão saber que serão punidos e pensarão duas vezes antes de infringir a lei. E com isso levamos a paz social à comunidade', diz.
E nesta última segunda-feira (20), o salão comunitário do bairro Parque Universitário abrigou outro julgamento, desta vez do réu preso Anderson de Alcântara Dias, acusado de assassinar o tio da companheira (Josieli), Osmair Rocha Correia, com diversos disparos efetuados pelas costas da vítima. A motivação do crime, de acordo com a ação penal foi ciúmes.
Segundo ainda o juiz,a pretensão é continuar a levar o júri aos bairros onde há altos índices de criminalidade.
Resposta que foi aprovada pela mãe da vítima (Wesley), Verônica Paiva de Albuquerque. “Gostei muito de o julgamento ser aqui na região da Vila Operária, onde moramos por muitos anos. Assim todos daqui vão saber que
Após quatro anos da perda do meu filho o seu assassino foi condenado. Além de matar, o Renato acusou meu filho de ser usuário de drogas, o que foi comprovado por exame toxicológico que era mentira. O Wesley era um menino de bem, que infelizmente aos 21 anos teve a vida tirada só porque pisou no pé de um bandido no banheiro, mas agora a Justiça foi feita”.
Iniciativa que a acadêmica do 9º semestre de Direito, Thaís Carolina Pereira Brito também considera relevante sob dois aspectos. “Para nós estudantes é muito importante ver de perto um júri, saber como funcionam os procedimentos na prática. Dar acesso à população é outro ponto louvável, já que o morador pode participar ativamente e ver o resultado de um problema que ocorreu no bairro em que vive”.
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