Ari Miranda
Única News
Um homem de 38 anos foi preso na noite dessa quinta-feira (18), pelo crime de cárcere privado contra uma mulher de 31 anos e a filha dela, de 2 anos, no bairro Jardim Imperial, em Alta Floresta (790 Km de Cuiabá).
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pelo ex-marido da mulher, que informou que a vítima tinha se mudado para Alta Floresta há aproximadamente 30 dias, juntamente com a filha deles, conheceu o suspeito e iniciou um relacionamento, indo morar com o homem.
Todavia, nesta quinta-feira, a ex-esposa lhe enviou uma série de mensagens via WhatsApp pedindo ajuda, dizendo para ele ir buscá-la, que queria voltar para casa, mas que o novo companheiro dela não permitia, pedindo ainda ao ex-esposo que acionasse a PM.
Ao chegar na residência indicada pela mulher para ver a situação, o ex-marido descobriu que ela e a filha estavam trancadas em um quarto e o homem tinha tomado o celular dela, afirmando que não permitiria que saíssem.
A PM foi acionada e, ao chegar na residência, em uma tentativa clara de dissimular a situação, o agressor sentou-se com a mulher e a filha dela na área da casa, alegando que “não estava acontecendo nada ali”, se utilizando ainda da prática conhecida como “carteirada” para dissuadir os policiais militares a prendê-lo, alegando que era sobrinho de uma juíza do Estado do Pará e que iria apresentar as vítimas na Polícia Civil, pois já havia conversado com o delegado local”.
Carteirada é uma situação em que se busca vantagem ou privilégio em razão de seu cargo, profissão, condição financeira, parentescos ou social.
Os policiais que atenderam a ocorrência perceberam que a mulher e a filha dela estavam acuadas, esboçando medo nas expressões faciais e o tempo todo caladas, enquanto somente o suspeito falava.
Foi então que um dos policiais chamou a vítima para uma conversa reservada e ela disse que estava no local contra a vontade dela e queria ir para casa, mas o atual marido não deixava, pois ele “é um homem louco” e fazia uma série de coisas estranhas, tinha tomado o celular dela, alegando ainda que descobriu no decorrer do rápido relacionamento que o então novo marido tem fama de pedófilo na cidade.
Em revista pessoal no suspeito, os policiais encontraram o celular da vítima e lhe deram voz de prisão. No entanto, durante a sua condução, novamente o agressor tentou “carteirar” os policiais, dizendo que não poderia ser preso, “pois é sobrinho de juíza e exigia uma comitiva para acompanhá-lo”.
Mesmo tentando dissuadir os PMs de efetuarem sua prisão, o suspeito foi conduzido à Delegacia para as providências cabíveis.
Devido ao fato da ocorrência envolver uma criança, o Conselho Tutelar também foi acionado para a realização dos procedimentos legais.
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