01 de Julho de 2025
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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 30 de Junho de 2025, 18:06 - A | A

30 de Junho de 2025, 18h:06 - A | A

JUDICIÁRIO / FEZ A PRÓPRIA DEFESA

Advogado que tentou matar namorada com barra de ferro é condenado a 10 anos de prisão

Única News
Da Redação



O advogado Nauder Junior Alves Andrade foi condenado nesta segunda-feira (30) a 10 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela tentativa de feminicídio da então namorada, Emily Tenorio de Medeiros. Ele foi julgado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá e optou por fazer a própria defesa em Plenário. A juíza ordenou a execução imediata da sentença, negando ao réu o direito de recorrer em liberdade.

Nauder tentou matar Emily com uma barra de ferro em agosto de 2023, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.

O crime foi motivado por uma discussão entre o casal, desencadeada pelo uso de entorpecentes por parte do réu e por sua suspeita de infidelidade por parte da vítima. Conforme consta na sentença, “o acusado não apenas desferiu socos e chutes contra a vítima, mas utilizou-se de uma barra de ferro para golpeá-la reiteradamente, inclusive direcionando os ataques à cabeça e a outras regiões vitais, o que revela dolo intenso e vontade homicida acentuada”.

O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso e reconheceu que o crime foi cometido por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, em razão da condição de sexo feminino da vítima e envolvendo violência doméstica e familiar. Atuou no júri o promotor de Justiça Samuel Frungilo.

Conforme a denúncia do MPMT, Nauder agrediu violentamente sua companheira com socos, chutes, golpes com uma barra de ferro e tentativa de enforcamento, causando-lhe múltiplos edemas traumáticos e escoriações. A tentativa de feminicídio não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do réu, uma vez que a vítima conseguiu se desvencilhar, fugir e receber socorro a tempo.

Ainda segundo a sentença, o réu prolongou deliberadamente as agressões, perseguindo Emily por todos os cômodos da residência, submetendo-a a diferentes formas de violência e impedindo sua saída por várias horas. “A vítima passou por uma madrugada de tortura e pânico”, descreve.

A decisão judicial também destaca as graves consequências psicológicas enfrentadas pela vítima em decorrência do crime. Emily relatou a necessidade de acompanhamento terapêutico contínuo para tentar reconstruir sua estabilidade emocional e retomar aspectos básicos de sua vida cotidiana. Além disso, as marcas emocionais deixadas pelas agressões comprometem sua capacidade de concentração e afetam diretamente seu desempenho profissional.

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