Christinny dos Santos
Única News
A batida entre a Honda Fan 125 e o Ford Fusion que matou um menino de 10 anos, no sábado (07), em Campo Novo do Parecis, foi proposital, de acordo com o delegado de Polícia Civil, Guilherme Renato. Segundo ele, o moorista do carro "fechou" a moto de maneira intencional.
Era por volta de 3h45 da manhã quando uma equipe da Polícia Civil foi acionada. No local, os plantonistas constataram o acidente entre os dois veículos e foram informados pelo Samu sobre a morte do menino, que estava na garupa da motocicleta pilotada pelo pai - que não teve a identidade divulgada.
O piloto da moto ficou em estado grave e foi e encaminhado para uma unidade de saúde do município. Já o motorista do carro, que supostamente seria o padrasto da criança, fez o teste do bafômetro, que apontou a quantidade de 0,67 mg/l de álcool no sangue e foi conduzido para a delegacia.
O delegado confirmou que o pai do menino e o motorista do carro, que também não teve a identidade divulgada, já se conheciam e afirmou que, após ter acesso às câmeras de segurança, ficou claro que o condutor fechou a motocicleta de propósito.
“As partes se conheciam, tanto o casal que estava dentro do veículo como o senhor que estava pilotando a moto e estava atrás do carro, todos eles se conheciam. Ali não foi um acidente de trânsito, com as imagens que nós temos, vemos que o motorista do carro fechou a moto propositadamente, então ele assumiu o risco do que poderia vir a acontecer àqueles que estavam dirigindo ou não”, contou o delegado.
As investigações continuam para apurar outras informações acerca do caso, como a motivação, mas o delegado destaca que não se trata apenas de um acidente de trânsito.
“O condutor do veículo fechou [a moto] propositadamente. Ele conhecia quem vinha atrás, na moto, e fechou a moto e ela veio então a cair com o piloto e com a criança. Então não se trata de um acidente de trânsito, o motorista depois vai exercer seu direito de defesa, mas a princípio não se trata de homicídio por dolo eventual."
Além de ser investigado por homicídio, o motorista do Fusion deve responder também por dirigir sob a influência de álcool, crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
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