09 de Julho de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 05 de Junho de 2025, 13:05 - A | A

05 de Junho de 2025, 13h:05 - A | A

POLÍCIA / TENTARAM "DRIBLAR" A POLÍCIA

Detentos executam e simulam suicídio de colega de cela em presídio de MT

Adilson foi encontrado pelos agentes no fundo da cela, enforcado próximo ao banheiro.

Karine Campos
Única News



A Polícia Civil investiga a morte do detento Adilson da Silva Diniz, de 36 anos, encontrado morto na terça-feira (03), no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tangará da Serra (241 km de Cuiabá). Adilson estava preso desde dezembro do ano passado, por porte ilegal de arma de fogo.

Inicialmente, os detentos acionaram os policiais penais para relatar sobre um suposto suicídio cometido por um dos presos que estavam na cela. Adilson convivia com mais 13 indivíduos no mesmo cômodo.

Ele foi encontrado pelos agentes no fundo da cela, enforcado próximo ao banheiro. Diante das evidências, os agentes acionaram a Polícia Civil para fazer a investigação.

Porém, ao chegar no local, os policiais civis perceberam que não se tratava de um suicídio e sim de uma execução.

A equipe da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) e o Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local e confirmaram a tese da Polícia Civil sobre o assassinato de Adilson.

Durante a perícia, foram encontrados indícios de que a vítima teve suas mãos amarradas e que também tinha sinais de violência pelo corpo, derrubando a tese de suicídio.

A confirmação foi feita pelo delegado Igor Sassaki, durante entrevista à imprensa. “A gente percebeu várias lesões que não tinham ligação nenhuma com suicídio, porque essa vítima foi amarrada antes de ser colocada numa suposta posição de suicídio”, afirmou Igor.

Ainda segundo o delegado, tudo isso será confirmado após os exames da perícia. “Estou em contato direto com o legista, desde ontem, falando diretamente sobre esse caso, e ele já mostrou também algumas circunstâncias que não indicam um suicídio, mas sim um homicídio que aconteceu dentro dessa cela na cadeia pública.”

Igor relata que a cena mostra uma tentativa de “driblar” as autoridades.

“De fato aconteceu ali um homicídio e simularam com o intuito de atrapalhar as investigações, de tentar confundir as investigações. Essa vítima dividia a cela com outras 13 pessoas, todos são suspeitos desse crime”, afirma o delegado.

Além disso, o delegado detalha que diante das provas e lesões no corpo do detento, foi necessário o uso de força maior para cometer o assassinato.

Há sinais de que essa pessoa foi submetida a uma força física muito maior que a dela, provavelmente não só uma pessoa. Ela tem lesões por todo o corpo”, concluiu Igor.

As investigações sobre o caso continuam para identificar a motivação e a dinâmica do homicídio.

 

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