15 de Janeiro de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 11:10 - A | A

31 de Outubro de 2024, 11h:10 - A | A

POLÍCIA / “OPERAÇÃO CLEÓPATRA”

Empresária, médico e ex-policial federal são alvos da PJC por esquema de pirâmide em Cuiabá

Esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá.

Única News
Da Redação



A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31.10), a Operação Cleópatra para cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueios de bens com alvo em um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá.

Entre os alvos da operação está a empresária Taiza Tosatt, apontada como líder do esquema criminoso e que se apresentava como especialista em investimentos. Aliados à suspeita, estavam o médico Diego Rodrigues Flores e o ex-policial federal Ricardo Ratola, que também são alvos da investigação. Os investigados respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

As ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, além de mandados para bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas, são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis, Sinop.

Taiza, proprietária da empresa DT Investimentos, usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.

O ex-policial federal Ricardo Ratola, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico Diego Flores atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.

Com base nos elementos apurados nas investigações do inquérito policial instaurado na Delegacia do Consumidor, o delegado Rogério Ferreira representou pelas ordens judiciais contra os investigados, que foram deferidas pela Justiça e cumpridas na manhã desta quinta-feira (31).

A empresária, principal responsável pelo esquema, teve o mandado de prisão cumprido no aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem que fazia para o nordeste do país.

As buscas resultaram na apreensão de uma caminhonete Ford Ranger e de diversos documentos que serão analisados na continuidade das investigações.

Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, até o momento, os prejuízos às vítimas chegam a casa dos R$ 2,5 milhões, porém pode ser muito superior a esse valor, uma vez que certamente há outras vítimas que não registraram a ocorrência.

Repercussão nacional

Em janeiro de 2023, o esquema de pirâmide se tornou notícia nacional, no jornal Domingo Espetacular. Formada em Direito, Taiza ficou famosa nas redes sociais após divulgar sua vida luxuosa. Ela se apresentava como diretora da 'DT investimentos'. Nos anúncios, ela dizia aos possíveis clientes que os valores aplicados poderiam render um salário de R$ 105 mil e os juros investidos poderiam render até 5% ao mês.

A reportagem do Domingo Espetacular destacou que a quebra do sigilo bancário revelou que a DT Investimentos movimentou mais de R$ 15 milhões em transações no débito e crédito.  A Polícia Civil de Mato Grosso apontou que Taiza seria a cabeça do esquema. Os suspeitos também são investigados por lavagem de dinheiro e associação criminosa. 

A maioria das vítimas são de Cuiabá, Ribeirão Preto e na Capital de São Paulo. 

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Nome da operação

Cleópatra faz referência à principal investigada do esquema de pirâmide financeira, que assim como a rainha do Egito, atraia e exercia grande influência nas pessoas devido a sua beleza, riqueza e boa habilidade comunicativa.

Denúncias

Consumidores que forem vítimas ou que quiserem denunciar a prática de crimes contra as relações de consumo podem comparecer na Decon pessoalmente no endereço Rua General Neves, no 69, Duque de Caxias I, em Cuiabá-MT, ou acionar a Decon pelo telefone (65) 3613-8923, ou por meio do e-mail: [email protected].

O consumidor também pode formalizar denúncia anônima por meio do telefone 197 da Polícia Civil ou registrar boletim de ocorrência em qualquer Delegacia de Polícia de Mato Grosso ou, sem sair de casa ou do trabalho, por meio da Delegacia Virtual (https://portal.sesp.mt.gov.br/delegacia-web/pages/home.seam).

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