18 de Março de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025, 15:07 - A | A

11 de Fevereiro de 2025, 15h:07 - A | A

POLÍCIA / OFICCE CRIME

Escritório de advocacia em Cuiabá é alvo de nova operação que investiga morte de Renato Nery

Renato Gomes Nery foi baleado na manhã do dia 05 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Av. Fenando Corrêa da Costa, em Cuiabá.

Christinny dos Santos
Única News



O escritório de advocacia de investigado pela morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil — Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery, foi alvo de mais uma ação da Operação Office Crime, deflagrada nesta terça-feria (11), em Cuiabá. Esta é a terceira operação de busca e apreensão contra possíveis envolvidos realizadas pelas autoridades, apesar disso, o caso segue sem solução.

Renato Gomes Nery foi baleado na manhã do dia 05 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Av. Fenando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Pelo menos um, de sete disparos, atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado, aos 72 anos.

Office Crime I

A Operação Office Crime para cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra os advogados: Antonio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo; e o casal de empresários: Cesar Jorge Sechi Julinere Goulart Bastos.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que um “escritório do crime” foi criado por advogados ligados à disputa judicial para encomendar a execução. Os mandados contra os advogados, que atuavam no mesmo escritório, foram cumpridos em Cuiabá, e contra o casal de empresários em Primavera do Leste.

Investigações

Dezoito dias antes de ser executado, Nery procurou a OAB e registrou uma denúncia contra Antonio João de Carvalho Junior, colega de profissão e um dos alvos da Operação Office Crime, por um suposto “conluio” envolvendo também outros profissionais. Nesse processo, Renato acusou o colega de se apropriar e negociar uma área de 2.579 hectares, que ele havia recebido como honorários de uma de reintegração de posse de uma terra de 12.413 hectares, localizada no leste do estado.

Nery advogou no caso em 1988 e, desde então, lutava para obter a parte da terra a que tinha direito.
Em 30 de julho deste ano, 24 dias após a morte de Renato, a DHPP cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte (708 km de Cuiabá), Cuiabá e Várzea Grande, para colher informações que contribuíram com as investigações. Já em setembro, foi realizada uma perícia complementar, para auxiliar na identificação do pistoleiro que executou o crime.

Além disso, o inquérito sobre a morte do advogado Roberto Zampieri foi compartilhado o delegado Bruno Abreu Magalhães, que investiga a morte de Nery para encontrar possível semelhanças nos casos e indicar se existe, ou não, relação entre os dois. Advogados especialistas em litígio sobre propriedades rurais, os dois foram executados com apenas sete meses de diferença.

Ainda em julho, o delegado de Polícia Civil, Bruno Abreu Magalhães, responsável pela investigação da execução, adiantou ao Única News que a principal linha de investigação do crime já era a disputa de terras. Ao deflagrar a Operação Office Crime, as autoridades confirmaram que a motivação foi a disputa por terras no município de Novo São Joaquim.
Outros detalhes sobre o caso, que está sob sigilo, não foram divulgadas a fim não comprometer o andamento das investigações.

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