Kamila Arruda
“Eu coloquei um demônio dentro da minha casa.” Essa declaração é de Suellen de Alencastro Arruda, mãe de Heloysa Maria Alencastro Souza, 16 anos, morta a mando do padrasto, Benedito Anunciação, no último dia 22. A servidora pública afirma que percebeu a participação do companheiro no crime ainda quando estava refém dos criminosos em sua casa.
Em entrevista ao SBT Comunidade, ela contou detalhes do dia do crime e ainda revelou que pretendia terminar o relacionamento naquela data e Benedito sabia disso. “Por isso queria me matar também, mas desistiu depois que eu disse por mensagem que nós ficaríamos bem. [...]”, disse Suellen.
Suellen conta que, em um primeiro momento, não imaginava que sua filha tinha sido morta, mas apenas sequestrada, e que a Polícia a encontraria, uma vez que os criminosos levaram todos os objetos que quiseram da casa e ainda limparam a sua conta bancária.
As suspeitas de que o companheiro tinha ligação com o episódio surgiu quando percebeu que os criminosos que invadiram sua casa e a fizeram refém usavam camisetas com imagens de santo para encobrir o rosto. Segundo elas, as blusas eram semelhantes às que Benedito costuma usar na igreja da qual era membro.
Além disso, ela conta que, depois que os criminosos deixaram a sua casa em seu carro e levando sua filha e itens roubados, ele passou a agir com muita frieza, não demonstrando surpresa ou preocupação.
“Era um relacionamento tóxico, abusivo, mas eu nunca imaginei que ele estivesse premeditando algo contra mim e minha filha”, disse.
“Eu coloquei um demônio na minha casa. Eu dormia com um demônio. Eu tentei sair, mas muitas pessoas me ligavam e falavam para dar mais uma chance, que ele era uma pessoa boa, que era da igreja, que podia estar em depressão”, continuou Suellen.
A certeza veio quando ele disse a ela no hospital, que precisaria deixá-la sozinha para ir à Delegacia. Suellen afirma que nesse momento disse a Benedito: “Vá para o inferno!”.
A mãe de Heloysa precisou de atendimento médico, porque foi brutalmente espancada pelo filho do Benedito, Gustavo Benedito Junior, e dois menores que foram contratados para executar o crime.
Heloysa foi assassinada dentro da casa, antes da chegada da mãe e com o padrasto ainda presente no local. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente sofreu múltiplas lesões pelo corpo, mas a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de celular (USB).
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