Christinny dos Santos
Única News
Uma mulher de 31 anos foi agredida com 50 chibatadas, ao ser sequestrada pela segunda vez por criminosos do Comando Vermelho, em uma única semana. Os bandidos transmitiram o “salve” ao vivo para presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), na expectativa de que ela se retratasse com membros da facção. O caso foi registrado no sábado (03), no município de Sorriso.
A mulher, que trabalhava em um supermercado da cidade, já havia sido presa por tráfico de drogas, ocasião em que perdeu os entorpecentes. Cumprindo pena em regime semiaberto, ela deixou a cadeia usando tornozeleira eletrônica e teria decidido mudar de vida, por isso não prestou conta do produto do tráfico.
O primeiro sequestro aconteceu na sexta-feira (03), quando a facção descobriu onde a vítima estava trabalhando. Dois criminosos foram até o local e, ao final do expediente, sequestraram a mulher, a mandaram para um cativeiro, onde passaria pelo “tribunal do crime”, e roubaram sua motocicleta, uma Honda Biz.
Após denúncia do desaparecimento, a Polícia Militar e Civil deram início às buscas. O cativeiro da vítima foi localizado e três criminosos foram presos por envolvimento no sequestro e pelo salve aplicado na vítima. O trio ainda delatou outros dois bandidos, dizendo que eles quem teriam raptado a vítima.
Durante o patrulhamento tático pelo bairro Rota do Sol, os militares identificaram a dupla criminosa, que estava em um bar, na Rua Vale Dourado, com a motocicleta da vítima. Os dois foram presos em flagrante.
Já no sábado (04), a vítima foi sequestrada pela segunda vez por outros membros da facção criminosa. Os faccionados a torturaram, submetendo a vítima a uma sessão de 50 chibatadas. Todo o processo foi transmitido ao vivo para a PCE. O intuito seria que a vítima se retratasse, dizendo que os criminosos que a sequestraram, na verdade, não haviam cometido o crime, mas ela se negou a mentir.
Uma segunda denúncia de desaparecimento foi realizada e a vítima foi resgatada pela segunda vez. Alvo da fação, ela e seus familiares próximos foram retirados do estado sob proteção policial. Até o momento, seus torturadores não foram presos.
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