17 de Junho de 2025
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POLÍCIA Sexta-feira, 10 de Maio de 2024, 16:28 - A | A

10 de Maio de 2024, 16h:28 - A | A

POLÍCIA / CASO VICENTE CAMARGO

Funcionária e proprietárias de berçário serão indiciadas por morte de bebê em Várzea Grande

Segundo delegado, bebê morreu após bater a cabeça em um incidente dentro do estabelecimento, no bairro Marajoara.

Ari Miranda
Christinny dos Santos
Única News



Proprietárias e uma funcionária do Berçário Espaço Criança Feliz, no bairro Marajoara, em Várzea Grande, serão indiciadas pela morte do bebê Vicente Camargo, de apenas 5 meses, em abril deste ano. Elas responderão pelos crimes de homicídio culposo e falsidade ideológica. A informação foi repassada ao Única News por Marlon Luz, delegado responsável pelo caso, na tarde desta sexta-feira (10).

A creche particular ficou conhecida nas manchetes locais após a morte do bebê, no dia 17 de abril deste ano. Segundo o laudo pericial da Politec, Vicente morreu por traumatismo craniano por instrumento contundente.

Em conversa com jornalistas na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, o delegado afirmou que após a emissão do laudo da perícia, as proprietárias do berçário se sentiram acuadas e confessaram que o bebê morreu após bater a cabeça, em um incidente dentro do estabelecimento.

“Em novo depoimento, elas saíram chorando, porque o laudo trouxe algumas informações que não teve como elas esconderem mais o que aconteceu. O bebê morreu dentro da creche e a responsável pela morte foi, à princípio, uma das pessoas [envolvidas]”, disse o delegado, sem citar quem seria a pessoa responsável pelo incidente.

“O bebê chocou a cabeça em alguma parte da creche. Foi algo sem intenção”, completou.

Conforme o delegado, mesmo sem a intenção de matar a criança, as mulheres serão indiciadas pelos crimes, podendo ainda indiciar outras pessoas pelo crime.

À princípio, segundo Marlon Luz, as três deverão responder pelos crimes de homicídio culposo (sem intenção de matar) e falsidade ideológica, uma vez, inicialmente, as depoentes omitiram o que de fato aconteceu no dia do incidente.

(Foto: Reprodução/Google Street View)

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Espaço Criança Feliz, no bairro Marajoara, local onde aconteceu o fato.

O CASO

Vicente morreu na tarde do dia 17 de abril, no Berçário Espaço Criança Feliz, localizado no bairro Marajoara, em Várzea Grande. Um laudo técnico da Perícia Oficial (Politec) apontou que o garoto morreu por traumatismo craniano por instrumento contundente.

No dia do fato, Karine teria mandado mensagem para a creche por volta das 14h para perguntar sobre o filho. No entanto, ela só foi respondida duas horas depois por uma profissional do berçário.

Segundo a cuidadora, o bebê havia mamado e, depois, foi colocado para dormir. Todavia, durante uma vistoria para troca de fraldas, a funcionária disse que encontrou o menino desacordado e com a pele roxa.

Ainda conforme a cuidadora, uma equipe da creche tentou reanimar Vicente, porém sem sucesso, momento em que levaram a criança até o Hospital Santa Rita, onde o óbito foi confirmado.

FUNCIONAMENTO ILEGAL

Em ofício encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o Conselho Municipal de Educação de Várzea Grande (CME-VG) denunciou a creche por funcionar sem autorização da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande (Smecel-VG).

Segundo o documento, o CME tomou conhecimento da existência da creche particular, através de denúncia de familiares de uma criança de 2 anos, aluna da instituição, que tinha sido vítima de maus-tratos na unidade, ocorrido na unidade no 30 de janeiro deste ano.

Dias após a denúncia, em 5 de fevereiro, uma equipe do CME foi até o local para notificar a direção do estabelecimento sobre os procedimentos legais para regularização da atividade da creche junto à Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel) de Várzea Grande, que deveria ser feito em até 40 dias, o que não ocorreu, prosseguindo assim na ilegalidade.

Uma semana antes da morte da criança de 5 meses, em 10 de março, o Pleno do Conselho Municipal de Educação de Várzea Grande determinou que a irregularidade da creche fosse denunciada ao Ministério Público Estadual.

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