Thaís Fávaro
Da Redação
O empresário Luiz Miguel Melek, de 40 anos, morto durante confronto com oficiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), no último dia 10 de junho, pode estar envolvido diretamente com os criminosos que assaltaram duas agências bancárias, em Nova Bandeirantes (1.200 quilômetros de Cuiabá), no início do mês. É o que aponta as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
A informação foi repassada pelo secretário de Estado de Segurança (Sesp), Alexandre Bustamante, durante entrevista ao Jornal da Capital, na Rádio Capital FM, na manhã desta segunda-feira (21).
Ao ser questionado sobre o envolvimento de Luiz na ação dos criminosos, Bustamante afirma que “as investigações estão apontando a participação direta dele, mas precisamos aguardar as investigações porque isso reflete no restante das buscas”, afirmou.
As investigações já haviam apontado uma suposta amizade do empresário com o suspeito Romário, morto no mesmo confronto que vitimou Luiz. A caminhonete de Romário teria sido encontrada na casa de Luiz Miguel, em Alta Floresta (a 800 km de Cuiabá), onde o empresário morava.
A família do empresário chegou a contestar a morte e alegou que o homem era um suposto refém dos criminosos e que não possuía qualquer comportamento que pudesse levantar suspeita sobre a sua honestidade.
As declarações da família de que o homem teria sido levado como refém não condizem com a modalidade “Novo Cangaço”, onde os criminosos usam reféns como escudo humano, mas libertam as vítimas logo em seguida.
O caso
Os criminosos invadiram duas agências bancárias em Nova Bandeirantes na manhã de sexta-feira (4). Imagens do crime mostram os bandidos levando reféns em duas caminhonetes.
Segundo a Polícia Militar, foram mais de 30 pessoas reféns dos 10 homens que participavam da ação.
Moradores que viram o ato, relataram que os criminosos renderam clientes e funcionários, utilizando-os como escudo humano em frente às agências. Tiros de fuzil também foram registrados.
O confronto
Quatro criminosos morreram em um confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) na quinta-feira (10), em uma área de mata próximo à cidade de Apiacás (a 950 km de Cuiabá).
A Polícia Civil confirmou que o grupo estava fortemente armado durante o crime, com fuzis e uma espingarda calibre 12.
A polícia identificou os criminosos como sendo Romário de Oliveira Batista, de 35 anos e Maciel Gomes de Oliveira, 37 anos, Waldeir Porto Costa, 25 anos e o empresário Luiz Miguel Melek, de 40 anos.
Segundo confronto
Um segundo confronto dos policiais do Bope com os suspeitos de envolvimento no roubo aconteceu na manhã desta segunda-feira (21) em Nova Bandeirantes e resultou na morte de Diego de Almeida Costa, de 30 anos, e Adailton Santos da Silva, de 40 anos.
O comandante do Bope, o tenente-coronel Roque, informou que uma barreira policial identificou quatro criminosos, que fugiram para uma região de mata. Ao entrarem na mata, as equipes do Bope encontraram dois criminosos, que estavam armados, escondidos em uma propriedade. Os criminosos efetuaram disparos contra os militares, que revidaram.
Segundo Roque, foram apreendidos materiais como armas utilizadas no roubo, roupas e uma quantia de R$ 43.510,75.
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