15 de Março de 2025
facebook twitter instagram youtube

POLÍCIA Quinta-feira, 06 de Maio de 2021, 09:56 - A | A

06 de Maio de 2021, 09h:56 - A | A

POLÍCIA / SEM ESTRUTURA

Menor que matou Isabele descreve Complexo Pomeri como ‘galinheiro’

Aline Almeida
Única News



A defesa de B.O.C, menor que matou Isabele Guimarães, confirmou que representará criminalmente contra diretor do Complexo Pomeri, onde B.O.C, foi transferida sem qualquer comunicação. A atiradora, que matou a amiga Isabele com um tiro na cabeça, descreva a unidade socioeducativa como um “galinheiro”.

“Determinar que as adolescentes, do sexo feminino, sejam internadas no mesmo complexo em que dezenas de outros, do sexo masculino, estão internados, ultrapassa todos os limites do razoável e o fato será alvo da respectiva representação criminal em desfavor do diretor”, informou a defesa da menor.

B.O.C foi transferida com outras três internas, para o socioeducativo masculino, o Complexo Pomeri. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), alegou que por falta de estrutura, o local passaria por reforma, transferindo as meninas. Sem comunicar a Promotoria de Infância e Juventude, e incorrendo em erro, a Sesp teve que retornar com as internas para o socioeducativo feminino. Artur Osti, advogado de B.O.C diz que só tomou conhecimento da transferência a partir do relato da menor. Segundo Osti, nem as famílias e nem os advogados foram comunicados.

“Ao lá serem encarceradas, as quatro adolescentes se depararam com celas sem qualquer condição de salubridade, higiene, com as paredes marcadas por incêndios possivelmente provocados na referida Unidade e cercadas no teto por telas que a adolescente descreveu como sendo aquelas que se usa em galinheiro”, destaca nota da defesa.

Osti destaca que as meninas, encarceradas na unidade de internação conhecida pela superlotação de jovens infratores do sexo masculino, ainda foram obrigadas a ouvir do diretor responsável pela transferência que nada e nem ninguém estaria acima da sua autoridade. “Segundo o relato, as 2h da madrugada do dia 04 de maio de 2021, as quatro adolescentes foram novamente transferidas para o “Lar Menina Moça”, por ordem de autoridade superior”, afirma o advogado.

Artur Osti salienta que desde a internação de B.O.C, vem tentando assegurar direitos. “Entre esses direitos, está o sagrado direito de uma criança/adolescente estudar, violado diariamente no decorrer da internação quando a adolescente foi obrigada a se matricular em uma Escola que nunca forneceu uma aula sequer à mesma, ou às demais adolescentes lá também internadas”.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3