24 de Março de 2025
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POLÍCIA Sábado, 10 de Abril de 2021, 12:36 - A | A

10 de Abril de 2021, 12h:36 - A | A

POLÍCIA / ERA SERVIDOR DA EDUCAÇÃO EM VG

Padrasto de jornalista pode ter sido vítima de maus tratos no São Judas Tadeu

Edy Santiago
Única News



O servidor da secretaria Municipal de Educação de Várzea Grande, Toshio Doi, de 68 anos, morto nesta madrugada (10), em decorrência da covid-19, pode ter sido vítima de maus tratos no Hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá. O professor morreu uma semana depois da morte da esposa e nem chegou a ter conhecimento do falecimento da amada.

Toshio e Heloise Maria de Moraes, de 66 anos, eram casados há 38 anos e ambos não resistiram o agravamento da covid-19. Além da dor das perdas, a família do casal agora também tem que lidar com a tristeza de saber que Toshio pode ter sido vítima de negligência médica.

Na última semana, uma ex técnica de enfermagem do Hospital São Judas Tadeu registrou um boletim de ocorrência denunciando casos de maus tratos e negligência médica no hospital referência para o tratamento da covid-19. O caso ganhou repercussão em todo o Estado e o nome do Sr. Toshio foi citado como uma das vítimas do hospital.

De acordo com a técnica de enfermagem Amanda Delmondes Benício, de 38 anos, quem fez as denuncias sobre o caso, o professor teria caído da cama e sofrido um trauma na cabeça.

"Eu falei, vocês não vão deixar ele morrer não. Não vai deixar. 'Mas não tem lugar'. Não vai! Ele caiu da cama. Eu fiz uma conchinha nele com o lençol. A moça que recolhe sangue falou assim, vocês não podem fazer isso. Ele não tem uma gase, mas eu vou tirar a gase dele. Ela foi na sala do médico, o médico só mandou levar. Pegou uma maca. Uma maca sem colchão, sem nada. Eu ainda coloquei um travesseiro para a cabeça dele não batesse. Ele estava roxo, desfalencendo. O fisio falou assim, ele está com uma bactéria. Ele está com a nova bactéria. A gente não pode fazer nada. Eu falei pode. Falei, pode sim!", disse sobre situação vivida pelo idoso.

Toshio era padrasto do jornalista e empresário Cláudio Moraes, que lamentou o ocorrido. "É tragédia sobre tragédia. Parece que estamos vivendo um filme de terror. Mesmo que você não tenha uma pessoa da família, você tem um conhecido e você se sensibiliza com a história de outra pessoa. Não é uma situação fácil", desabafou à reportagem do Única News

reprodução

Jornalista Claudio Moraes

 

Sem entrar em detalhes sobre as denúncias e registro de boletim de ocorrência feito pela família, Cláudio comentou: esperamos que a Polícia Civil apure todas as denúncias com isenção e responsabilidade.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhado de perto pelo Conselho Regional de Medicina e Ministério Público. Ainda não há confirmação de quantas famílias registraram boletins de ocorrência contra a unidade hospitalar, mas há informações, de que há 15 casos sendo investigados.

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