22 de Maio de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 17 de Outubro de 2023, 13:03 - A | A

17 de Outubro de 2023, 13h:03 - A | A

POLÍCIA / PAGAVA R$ 10 POR ABUSO

Pastor e mãe que autorizava estupro de filha de 10 anos são indiciados

Aline Almeida
Única News



Um pastor evangélico, identificado como Idamir Fidelis Pereira (55), foi indiciado em inquérito da Polícia Civil que apurou abusos sexuais cometidos por ele contra uma criança de 10 anos. Ele responderá criminalmente por estupro de vulnerável e por armazenar conteúdo pornográfico envolvendo a menor. A mãe da criança também foi indiciada por ter sido omissa em relação ao estupro sofrido pela criança, ou seja, responderá pelo crime de estupro de vulnerável. 

O líder religioso foi denunciado por vizinhos e preso em flagrante, na última sexta-feira (06), no bairro Jardim das Oliveiras, em Cáceres (220 Km de Cuiabá) ao ser apontado como suspeito de estuprar a menina, com a qual manteve relações sexuais com a garota por diversas vezes. Foi o que revelou as investigação conduzida pela Polícia Civil.

O inquérito foi encaminhado pela delegada Paula Araújo, nesta segunda-feira (16.10), ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual. O procedimento tramita em sigilo. De acordo com o inquérito policial, os abusos contra a vítima eram cometidos com o aval da mãe dela, identificada pelas iniciais G.D.J, de 35 anos, que também foi presa.

Um vídeo, feito por vizinhos do religioso, acabou resultando na prisão de Idamir. O flagrante foi divulgado nas redes sociais.

Conforme a Polícia Civil apurou, o autor do crime manteve a criança dentro de sua residência, onde a menor sofreu os abusos. Ele foi flagrado por uma testemunha saindo da casa fechando o zíper da calça e arrumando o cinto e, ao ver que foi filmado, tentou fugir, mas foi contido por vizinhos que foram alertados sobre o que ocorreu e acionaram a polícia.

A delegada Paula Araújo explicou que a vítima foi atraída pelo indiciado por meio de mensagens via aplicativo Whatsapp à casa do ‘pastor’, onde ele cometia os abusos sexuais. De acordo com a investigação, ele dava pequenas quantias em dinheiro à criança e a mãe da vítima era ciente do que ocorria. 

Diligências e oitivas realizadas pela Dedm de Cáceres reuniram diversos elementos probatórios que atestaram a autoria dos crimes, inclusive, a extração de dados dos aparelhos celulares apreendidos que mostraram as conversas mantidas entre o autor do crime, a mãe da criança e a vítima. “Diante das provas colhidas nos autos, inexistem dúvidas quanto a autoria e materialidade dos crimes imputados aos indiciados”, destacou a delegada. 

A criança está em acompanhamento psicológico e o pastor e a mãe da criança seguem presos.

Interrogatório

Em seu interrogatório, o pastor confessou estupro da menor e alegou, em sua defesa, que os encontros sexuais com a menina ocorriam com o consentimento e autorização da mãe dela.Por sua vez, a mãe da garota negou a acusação e rebateu a versão dada por Idamir, afirmando que sabia que a filha frequentava a casa do líder religioso sozinha e que “nem sempre autorizava”, mas a menina "escapava e ia sozinha".Ela alegou ainda que conhecia o pastor há muito tempo e "não imaginava que ele teria coragem de fazer isso com sua filha", destacando que nunca o denunciou, porque tinha medo de uma suposta relação do religioso com a facção criminosa Comando Vermelho.No depoimento, a mulher chegou a confessar que de vez em quando pedia dinheiro a Idamir, fato que foi refutado por uma perícia, feitas nos celulares da mulher, do pastor e da filha dela, vítima dos estupros.

Garota era violentada diariamente

A perícia revelou que Idamir mantinha contato diário com a mãe da criança, para que ela mandasse a menina até a sua casa. Segundo as investigações, a mulher autorizava a ida da filha à casa do pastor todos os dias e cobrava R$ 10 por cada ‘encontro’.

Em mensagens de texto e áudio, trocadas pelos suspeitos via WhatsApp, o estuprador se refere à garota como “minha princesa” e dizia que estava com saudade dela.

Em uma das conversas, obtidas pela imprensa local, o religioso cobra a visita da criança, diz que “gosta muito dela” e fala para a mãe da vítima que, assim que a menina chegasse, mandaria o dinheiro dela. Em resposta, a mulher exige o envio do comprovante da transação financeira.

 

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